Com covid, PIBs da Europa têm forte retração no 1º trimestre
Na zona do euro o recuo na atividade econômica foi de 3,8% na comparação com o quarto trimestre de 2019; com queda de 5,8%, a França entrou em recessão técnica e a economia da Itália encolheu 4,7%
Um dia após os Estados Unidos divulgarem contração de quase 5% no PIB, a zona do euro, França e Itália informaram dados semelhantes, em meio à pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, que tem provocado isolamento social, com lojas fechadas, menor movimentação nas ruas e produções reduzidas, ou, até mesmo, paralisadas.
O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 3,8% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, sofrendo a maior contração da série histórica iniciada em 1995, segundo dados preliminares divulgados pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB do bloco recuou 3,3% entre janeiro e março. Os resultados vieram em linha com as previsões de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Na França, a contração foi de 5,8% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, a maior da história, segundo dados preliminares divulgados pelo Insee, como é conhecido o instituto de estatísticas do país. O resultado veio pior do que o esperando por analistas, que previam queda de 4,2% no período.
Como o PIB francês já havia encolhido 0,1% no último trimestre do ano passado, a economia do país entrou em recessão técnica com o resultado dos primeiros três meses de 2020. Em relação ao mesmo intervalo de 2019, o PIB da França sofreu um tombo de 5,4% entre janeiro e março, informou o Insee.
Na Itália, o recuo no PIB foi de 4,7% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, segundo o Istat, instituto de estatísticas do país. O resultado, no entanto, veio melhor que as estimativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 5%. Na comparação anual, o PIB italiano encolheu 4,8% entre janeiro e março; neste caso, a previsão era de queda de 5,2%. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS