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Comissão aprova relatório que acusa Trump de abuso de poder

Processo de impeachment deve ser instaurado ainda neste mês

4 dez 2019 - 07h12
(atualizado às 09h02)
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A Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na noite desta terça-feira (3) um relatório que acusa Donald Trump de abuso de poder e que servirá de base para o Comitê de Justiça formular o pedido de impeachment contra o presidente.

Trump nega ter havido troca de favores com Ucrânia
Trump nega ter havido troca de favores com Ucrânia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O documento de 300 páginas recebeu os votos favoráveis de todos os democratas da comissão e foi rejeitado por todos os republicanos. Fruto de dois meses de investigações, o relatório também afirma que Trump tentou obstruir o inquérito conduzido pelo Congresso.

"A investigação de impeachment determinou que o presidente Trump, pessoalmente e por meio de agentes dentro e fora do governo dos EUA, solicitou a interferência de um governo estrangeiro, da Ucrânia, para ajudar em sua reeleição", disse o presidente da Comissão de Inteligência, Adam Schiff, no prefácio do documento.

"O presidente colocou seus interesses pessoais e políticos acima dos interesses nacionais dos Estados Unidos, buscou minar a integridade do processo eleitoral nos EUA e colocou em risco a segurança nacional", acrescenta o relatório, que delineia uma espécie de "diplomacia das sombras" conduzida pelo advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani.

O magnata é acusado de ter pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a anunciar uma investigação contra Joe Biden, pré-candidato à Casa Branca e cujo filho, Hunter, foi conselheiro de uma empresa ucraniana de gás, a Burisma. Para alcançar seu objetivo, Trump teria congelado uma ajuda militar de quase US$ 400 milhões a Kiev.

Em um telefonema em 25 de julho, Trump pediu para Zelensky investigar os Biden, mas não mencionou a ajuda militar, que estava bloqueada na época. Já a acusação de obstrução se refere à postura do presidente de instruir membros do governo a não testemunharem no Congresso e não fornecerem documentos oficiais.

A Comissão de Justiça começa a discutir o impeachment nesta quarta (4), e seu relatório final será submetido a voto em plenário. Para o processo ser instaurado, é preciso maioria simples na Câmara, que é dominada pela oposição, mas o julgamento acontece no Senado, dominado pelo Partido Republicano e onde uma eventual condenação dependerá do apoio de dois terços dos membros da casa.

A expectativa é de que a votação na Câmara ocorra antes do Natal, e o julgamento no Senado, em janeiro, mês anterior ao início das primárias democratas para a Presidência.

Até hoje, apenas dois presidentes foram submetidos a processos de impeachment nos EUA: Andrew Johnson (1868) e Bill Clinton (1998), ambos absolvidos - Richard Nixon renunciou em 1974, evitando um afastamento iminente por causa do escândalo "Watergate".

Ansa - Brasil
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