Comitê aprova testes rápidos anti-Covid nas escolas da Itália
Desde a retomada das aulas, 75 escolas tiveram que ser fechadas
O Comitê Técnico-Científico (CTS) do governo da Itália, grupo criado para orientar e definir linhas técnicas no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), autorizou a realização de testes rápidos para detectar a Covid-19 em todas as escolas do país.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (29) durante uma reunião sobre a proposta apresentada pelo Ministério da Saúde da Itália, na qual se afirma que os exames antigênicos serão feitos apenas para "rastreamento".
"O uso desses testes antigênicos rápidos é capaz de garantir um diagnóstico acelerado dos casos de Covid-19, permitindo um diagnóstico diferencial oportuno em casos suspeitos entre gripe e o Sars-CoV-2", diz uma nota da pasta.
Atualmente, esses testes rápidos são usados em portos e aeroportos italianos e "os métodos de coleta de amostras são completamente semelhantes aos dos testes moleculares (Swab nasofarígeno)".
De acordo com o Ministério da Saúde, a possibilidade de saber quase em tempo real, ou seja, em cerca de 20 minutos, se um jovem é positivo para o coronavírus pode ajudar em como lidar com os casos suspeitos.
A medida foi comemorada pelo governador do Vêneto, Luca Zaia. "A validação pelo CTS dos testes antigênicos rápidos é uma notícia positiva. Significa menos tempo e complicações tanto para as unidades de saúde quanto para os cidadãos", afirmou à ANSA.
Desde a retomada oficial do ano letivo na Itália em 14 de setembro, mais de 400 escolas italianas já registraram ao menos um caso de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 75 delas precisaram ser fechadas ao menos por um dia.