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Conflito israelense-palestino interessa a 70% de brasileiros

Mas 62,3% não sabem o que é o Fatah, diz pesquisa de uma ONG

12 jul 2018 - 11h57
(atualizado às 12h36)
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A maioria dos brasileiros das classes A, B e C (73,7%) se interessa pelo Oriente Médio, enquanto 67,6% têm particular curiosidade pelo conflito israelense-palestino. Entretanto, 62,3% afirmam não saber o que é o Fatah, organização política pela libertação da Palestina.

Conflito israelense-palestino interessa a 70% de brasileiros
Conflito israelense-palestino interessa a 70% de brasileiros
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Os dados são de uma pesquisa feita com 1.095 pessoas no dia 17 de maio deste ano, realizada pela StandWithUs Brasil, ONG educativa ligada a Israel, por meio da plataforma Toluna.

Assim, segundo o especialista no conflito palestino-israelense André Lajst, apesar do interesse dos brasileiros pelo conflito, não saber o que é o Fatah, por exemplo, deixa clara a falta de informação em questões básicas ligadas a esse tema.

"Basta uma rápida pesquisa no Google para perceber que ele [conflito israelense-palestino] chama mais atenção do que guerras com maior número de mortos, a exemplo da guerra civil síria que em sete anos teve mais de 511 mil mortos", explicou Lajst, que também é da ONG.

Além disso, 61% dos entrevistados acreditam, ainda, que a melhor saída para o conflito é a de dois Estados, criando um país palestino ao lado de Israel, e são otimistas em relação a isso: 53,7% esperam que haverá paz entre os povos.

Essa ideia de solução de dois Estados também é a mais aprovada entre as populações envolvidades na disputa, segundo pesquisa conduzida pelo Tami Steinmetz Center for Peace da Univerisdade de Tel Aviv e pelo Palestinian Center for Policy and Survey Research, de Ramallah, divulgada em 2017. Segundo o estudo, 53% de israelenses e 52% dos palestinos acreditam que essa seria a melhor saída para o conflito.

Se essa seria a solução mais viável para resolução do impasse, para 53% dos entrevistados o motivo de não ter acontecido é culpa das lideranças israelenses e palestinas, seguida pela pressão contrária de países do mundo árabe.

Ainda sobre a não existência de um país palestino, 33,61% afirmam que os EUA são os grandes responsáveis, não permitindo que a separação aconteça. Já 17,7% culpam a liderança palestina, enquanto 16,7% dos entrevistados acreditam que a responsabilidade seja unicamente da liderança israelense.

Jerusalém, Gaza e Cisjordânia: Para 26,5% dos entrevistados, Jerusalém deve ser capital de Israel, enquanto 26,4% afirmam que deveria ser capital tanto de Israel quanto de um Estado palestino. Cerca de 24,3% acredita que o local deveria ser uma cidade controlada por um organismo internacional, como a ONU, e para somente 7% dos entrevistados deveria ser capital dos palestinos.

Ansa - Brasil
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