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Congresso do Peru antecipa eleições gerais para abril de 2024

País vive onda de protestos desde tentativa de golpe de Castillo

21 dez 2022 - 10h04
(atualizado às 10h25)
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O plenário do Congresso do Peru aprovou na noite desta terça-feira (20) a antecipação das eleições gerais para abril de 2024. A mudança na data do pleito, que deveria ocorrer apenas em 2026, foi aprovada com 93 votos a favor, 30 contrários e uma abstenção.

Protestos no Peru já deixaram 27 mortos
Protestos no Peru já deixaram 27 mortos
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Conforme o texto, a atual chefe de Estado deve concluir o seu mandato em 28 de julho de 2024 e o Congresso encerrará as atividades dois dias antes.

A proposta de antecipação das eleições havia sido apresentada pela própria presidente, Dina Boluarte, em meio aos protestos sociais que se seguiram desde que o então mandatário, Pedro Castillo, tentou dar um golpe de Estado e implementar um governo de exceção no dia 7 de dezembro.

O político, que estava no poder há apenas 16 meses, foi destituído e preso no mesmo dia. Boluarte, que era a vice-presidente, foi empossada horas depois como líder do país, sendo a sexta mandatária desde 2018.

Já os protestos se intensificaram por todo o país, mas foram mais graves ao sul do território. Até o momento, foram confirmadas 27 mortes de pessoas nos atos, incluindo adolescentes.

México

Após o governo do México conceder asilo político a três familiares do ex-presidente Castillo, a atual ministra das Relações Exteriores, Ana Cecilia Gervasi, anunciou que o embaixador do país no Peru, Pablo Monroy, foi considerado "persona non grata". Com isso, o diplomata precisará sair de Lima até quinta-feira (22).

O governo adotou a medida contra o embaixador Monroy por conta das "repetidas declarações das máximas autoridades do México sobre a situação política no Peru que constituem uma ingerência em nossos assuntos internos e são uma violação do princípio de não intervenção", afirmou Gervasi.

Monroy não se manifestou sobre a expulsão, mas o ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, usou as redes sociais para afirmar que considera a decisão "infundada e reprovável". "A conduta de nosso embaixador está ligada ao direito e ao princípio de não intervenção. O México não vai mudar a sua posição", escreveu. .

Ansa - Brasil
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