Conheça o drone ‘kamikaze’ utilizado pelo Irã no ataque contra Israel
Shahed-136 é fabricado pelo país, pesa 200 quilos e atinge velocidade máxima até 185 km/h
O Irã direcionou um ataque com drones-kamikaze não tripulado a Israel neste sábado, 13, em retaliação ao bombardeio israelense à embaixada iraniana na Síria, no início deste mês. O drone é do modelo Shahed-136.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Segundo o portal internacional de notícias da indústria de defesa Army Technology, o drone de origem iraniana é fabricado pela Empresa Industrial de Fabricação de Aeronaves do Irã (Hesa), uma subsidiária da Organização das Indústrias de Aviação do Irã (IAIO), uma empresa estatal controlada pelo Ministério da Defesa e das Forças Armadas iraniana.
O modelo, que existe desde 2021 e pesa 200kg, possui o formato de asa delta, com 3,5m de comprimento e 2,5m de largura. Ele consegue transportar até 40kg de ogivas e pode ser montado e lançado a partir de um caminhão militar ou comercial.
O drone pode atingir uma velocidade máxima de 185 km/h e tem um alcance de 2.500 km. Segundo informações da agência Reuters, uma característica da nave é que a baixa assinatura radar, ou seja, é difícil de ser detectado.
Já foi usado pela Rússia
A Rússia chegou a importar os veículos aéreos do mesmo modelo para usar na guerra contra a Ucrânia fabricados pelo Centro de Pesquisa das Indústrias de Aviação Shared, uma unidade da Força Aeroespacial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC ASF). Após a compra, os drones foram rebatizados como Geran-2 ou Geranium-2 pelo país.
O que se sabe sobre o ataque contra Israel
O exército do Irã lançou na noite deste sábado, 13, um ataque ao território de Israel. Segundo o porta-voz israelense, foram disparados mais de 200 drones contra Israel, além de mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. De acordo com a imprensa local, foram ouvidas diversas explosões na cidade de Jerusalém. Além disso, as sirenes de aviso soaram em quase todo o país.
O ataque foi uma retaliação ao bombardeio israelense à embaixada iraniana na Síria, que matou comandantes militares da Guarda Revolucionária no início deste mês, segundo a agência de notícias iraniana Irna.