“Convivíamos com assassinas, incendiárias”, lembram brasileiras presas injustamente na Alemanha
As duas mulheres tiveram as malas trocadas no aeroporto em São Paulo por bagagens com cocaína
As brasileiras Kátyna e Jeanne, que foram presas injustamente na Alemanha depois de terem suas bagagens trocadas por malas contendo cocaína, relataram que ficaram presas junto com “assassinas e incendiárias”. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, no domingo, 16, elas revelaram os detalhes sobre como passaram os 38 dias na prisão.
Kátyna e Jeanne foram soltas no dia 11 de abril, após 38 dias presas na Alemanha. As duas mulheres são casadas. Kátyna lembrou que, ao ser detida no aeroporto da Alemanha, questionava as autoridades sobre o paradeiro da esposa, sem entender o motivo pelo qual estava sendo presa.
“Eu ficava perguntando em inglês: ‘cadê a minha esposa? Cadê a minha esposa?’. E logo me algemaram, e eu perguntando o que estava acontecendo. Foi quando eu entendi a palavra ‘cocaína’”, disse.
As duas ainda contaram que passaram cerca de 5 horas em uma sala, com algemas nas mãos e nos pés. "Tiraram nossos casacos. Estava um dia muito frio, se não me engano, estava 2 graus. E fora isso a gente teve que passar por uma humilhante revista íntima nesse momento", relembra Kátyna.
Jeanne contou que as duas foram transferidas para um local provisório, onde as celas eram insalubres.
"Nós fomos transferidas para um prédio provisório, onde nós passamos a noite. Um local muito frio, uma cela suja. Ficamos sem comer. E nesse lugar tinha pessoas gritando, batendo na porta em vários idiomas. A gente não dormiu. Desde aquele dia nós já não dormimos mais.", conta Jeanne.