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Coreia do Norte dispara míssil sobre Japão e aumenta tensões

14 set 2017 - 21h52
(atualizado em 15/9/2017 às 07h19)
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A Coreia do Norte disparou um míssil na sexta-feira (horário local) que ultrapassou o norte do Japão, Hokkaido, e caiu no Oceano Pacífico, disseram autoridades sul-coreanas e japonesas, aumentando ainda mais as tensões após o recente teste de Pyongyang de uma poderosa bomba nuclear.

Secretário de gabinete japonês Yoshihide Suga concede entrevista em Tóquio
 14/9/2017   Kyodo/via REUTERS
Secretário de gabinete japonês Yoshihide Suga concede entrevista em Tóquio 14/9/2017 Kyodo/via REUTERS
Foto: Reuters

O míssil voou sobre o Japão, aterrissando no Pacífico cerca de 2.000 km a leste de Hokkaido, afirmou o secretário de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, a repórteres.

"Essas provocações repetidas por parte da Coreia do Norte são inadmissíveis e nós protestamos nas palavras mais fortes", disse Suga.

O míssil não identificado atingiu uma altitude de cerca de 770 km e voou 3.700 km, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul - o suficiente para chegar ao território dos EUA no Pacífico, Guam.

No mês passado, a Coreia do Norte disparou um míssil de área semelhante perto da capital, Pyongyang, que também voou sobre Hokkaido para o oceano.

A Coreia do Sul disse ter disparado um teste de míssil no mar para coincidir com o lançamento da Coreia do Norte. Os governos sul-coreano e japonês convocaram uma reunião urgente de seus conselhos de segurança.

O lançamento norte-coreano ocorre um dia após a Coreia do Norte ameaçar afundar o Japão e reduzir os Estados Unidos a "cinzas e escuridão" por apoiar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs novas sanções contra o teste nuclear de 3 de setembro, o mais poderoso até agora.

A Coreia do Norte acusa os EUA, que tem 28.500 soldados na Coreia do Sul, de planejarem invadir e ameaçar regularmente destruí-la e a seus aliados asiáticos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu que a Coreia do Norte nunca terá permissão de ameaçar o país com um míssil nuclear, mas também pediu à China que faça mais para controlar seu vizinho. A China, por sua vez, defende uma resposta internacional ao problema.

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