Coreia do Sul suspende mandado de prisão contra presidente
Impasse entre agentes de Yoon e polícia aumentou tensão no país
A justiça da Coreia do Sul suspendeu nesta sexta-feira (3) a ordem de prisão contra o presidente afastado Yoon Suk-yeol após seus seguranças impedirem o cumprimento da ação na residência presidencial, aumentando o clima de tensão no país.
"Em relação à execução do mandado de prisão hoje, foi determinado que a execução era efetivamente impossível devido ao impasse em andamento. A preocupação com a segurança do pessoal no local levou à decisão de interromper a ação", disse o Escritório de Investigação de Corrupção, em um comunicado.
De acordo com a agência Yonhap, o chefe do serviço de segurança de Yoon, Park Chong-jun, negou o ingresso à residência presidencial dos agentes encarregados de cumprirem a ordem judicial, levando a confrontos entre as duas equipes do lado de fora da sede oficial.
Além disso, milhares de apoiadores do presidente se concentraram nos arredores, complicando ainda mais o trabalho da polícia.
O mandado de prisão contra Yoon expira na próxima segunda-feira (6). Caso o chefe de Estado venha a ser detido, os investigadores devem conduzi-lo à sede do Escritório de Investigação de Corrupção em Gwacheon-si, ao sul de Seul, para interrogatório antes de mantê-lo no centro de detenção nas proximidades de Uiwang. Uma vez preso, o órgão terá 48 horas para solicitar outra ordem de prisão formal ou libertá-lo.
Yoon sofreu impeachment após decretar uma lei marcial no dia 3 de dezembro. É a primeira vez que um chefe de Estado sul-coreano em exercício, ainda que afastado do cargo, é alvo de um mandado de prisão. .