Coreias decidem retirar 22 postos de guarda na fronteira
Segundo o Ministério da Defesa de Seul, medida é consequência de avanço nas negociações para dissipar a tensão militar entre os países
As Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta sexta-feira em "destruir completamente" até o mês que vem 22 postos de guarda perto de sua fronteira altamente fortificada, o avanço mais recente nas negociações dos vizinhos para dissipar a tensão militar, disse o Ministério da Defesa de Seul.
O gesto se segue a um pacto militar firmado em uma cúpula do mês passado na capital norte-coreana que pediu a suspensão de "todos os atos hostis", uma zona de exclusão aérea perto da fronteira e a retirada gradual de postos de guarda, armas de fogo e minas terrestres da Zona Desmilitarizada (DMZ) que separa os países.
Como passo inicial, os vizinhos combinaram demolir 11 postos de guarda em um raio de um quilômetro da divisa e retirar equipamentos e pessoal baseados no local até o final de novembro, informou o ministério.
"As medidas serão finalizadas através da verificação mútua em dezembro", disse a pasta em um comunicado.
As conversas foram lideradas pelo general do Exército sul-coreano Kim Do-gyun e pelo general norte-coreano An Ik San no vilarejo de Panmunjom, situado na zona desmilitarizada.
Os dois lados também debateram a reativação de uma comissão militar conjunta e a formação de uma equipe combinada para analisar os cursos de água do Rio Han que suas embarcações comerciais poderiam compartilhar.
As duas Coreias também finalizaram a remoção de armas de fogo e postos de guarda da Área de Segurança Conjunta (JSA) de Panmunjom na quinta-feira, disse a Defesa.