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Coreias restabelecem linhas de comunicação militar

Países deram mais um passo em processo de reaproximação

14 jun 2018 - 14h16
(atualizado às 15h37)
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As Coreias do Sul e do Norte concordaram em restabelecer completamente as linhas de comunicação militar, após uma cúpula de alto nível realizada nesta quinta-feira (14), na zona desmilitarizada de Panmunjom.

Encontro militar entre as Coreias do Norte e do Sul, em Panmunjom
Encontro militar entre as Coreias do Norte e do Sul, em Panmunjom
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Essa foi a primeira reunião em nível de general entre os dois países em mais de uma década. As conversas ocorreram no Tongil Gak, o edifício da Coreia do Norte em Panmunjom, com o objetivo de dar sequência ao encontro de 27 de abril entre Kim Jong-un e Moon Jae-in.

O general Kim Do-gyun liderou a delegação do Sul, enquanto o Norte foi representado pelo também general An Ik-san. As duas partes, segundo um comunicado conjunto, também falaram em interromper "atos hostis recíprocos" e transformar a Linha Limítrofe Norte (NLL), a fronteira marítima entre os países, em um "mar de paz".

A retomada das linhas de comunicação militar é um passo determinante no processo de reaproximação entre os países, cujos contatos na costa ocidental foram restabelecidos em 2018, mas permanecem bloqueados desde 2011 no litoral oriental da península.

No entanto, Sul e Norte ainda não chegaram a um consenso para retomar o contato direto entre seus comandantes máximos e sobre um encontro entre os ministros de Defesa, que não ocorre desde novembro de 2007.

A reaproximação entre Seul e Pyongyang acontece enquanto Kim Jong-un negocia a desnuclearização da península com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Casa Branca exige que a Coreia do Norte entregue seu arsenal atômico, enquanto o país asiático quer o fim das sanções econômicas e a retirada dos EUA da península.

"O processo de desnuclearização será completo, verificável e irreversível", declarou o secretário de Estado-norte-americano, Mike Pompeo, em visita a Seul, acrescentando, no entanto, que as sanções permanecerão enquanto Pyongyang não abrir mão de armamentos atômicos.

"Conseguiremos a desnuclearização e apenas depois haverá os benefícios do afrouxamento das sanções", garantiu Pompeo. Por outro lado, o presidente Moon Jae-in cogita suspender os exercícios militares conjuntos com os EUA, considerados "provocação" pela Coreia do Norte.

No comunicado conjunto da histórica cúpula de Singapura, Kim e Trump se comprometeram com a desnuclearização, mas sem determinar prazos.

Convite

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, convidou Kim para visitar Moscou em setembro. O convite foi feito ao chefe da Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte, Kim Yong-nam, que está em solo russo para a abertura da Copa do Mundo.

Ansa - Brasil
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