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Coroação de Charles III: Países que não foram convidados e os que se recusaram a comparecer

Pela primeira vez em quase 500 anos, um alto representante do Vaticano estará presente à cerimônia.

5 mai 2023 - 16h42
(atualizado às 16h45)
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A coroação de Charles III é um evento histórico e cultural no Reino Unido, mas também é um ato de natureza política. A grandiosidade da coroação serve, mais uma vez, para que a nação britânica escape de seu isolacionismo, alimente o imaginário, por um fim de semana, de seu passado imperial e continue a se manter, por meio de seu "soft power", entre as nações que disputam a liderança mundial.

Dezenas de chefes de estado dos cinco continentes estarão presentes à coroação do rei Charles III (Crédito Foto: rthur Edwards
Dezenas de chefes de estado dos cinco continentes estarão presentes à coroação do rei Charles III (Crédito Foto: rthur Edwards
Foto: WPA Pool/Getty Images) / Perfil Brasil

No meio do percurso isolacionista e da cisão que o Reino Unido tem sido condenado em razão do Brexit, se somam as crescentes tensões territoriais internas com as nações que o compõem, como Escócia ou Irlanda do Norte, a celebração da coroação acarreta algumas precauções e diretrizes, tanto no âmbito interno quanto no externo.

Neste sábado (06), na abadia de Westminster, quase uma centena de chefes de estado ou primeiros-ministros dos cinco continentes se reunirão para apoiar a monarquia britânica. Dentre os 2.200 convidados que estarão presentes na coroação de Charles III, estima-se que aproximadamente 850 dos presentes serão representantes de ONGs, de grupos de cidadãos e também de todos os tipos de instituições de caridade do Reino Unido e da Comunidade de Nações (a Commonwealth).

No entanto, o Ministério das Relações Exteriores (Foreign Office em inglês), fez os devidos convites a praticamente todos os governos do mundo, porém houve três países que foram ignorados: Rússia, Belarus e a República Islâmica do Irã. Uma mensagem óbvia sobre a posição britânica com relação à guerra na Ucrânia. Enquanto isso, à Coréia do Norte e à Nicarágua foram oferecidos convites para os respectivos embaixadores.

Por outro lado, foi confirmada a presença de representantes dos 54 países da Comunidade das Nações, da qual Charles III é líder, o que inclui numerosos presidentes e chefes de estado. Dirigentes dos 14 países que, além do Reino Unido, têm Charles como chefe de Estado, constam na lista de convidados. Os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau, e da Nova Zelândia, Christopher Hipkins, já estão em Londres desde quinta-feira (04).

A Europa Continental estará representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho, Charles Michel. Chefes de estado da França, Itália, Alemanha e Polónia também comparecerão. O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, irá representar o Papa Francisco, e será o primeiro cardeal católico a comparecer à coroação de um rei britânico desde o cisma na Igreja sob Henrique VIII, quase 500 anos atrás.

Entre tantos líderes, chama a atenção a falta do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que delegou sua representação à esposa, Jill Biden. Recentemente, o inquilino da Casa Branca anunciou que em breve fará uma viagem de estado ao Reino Unido, evitando o que alguns líderes poderiam considerem um insulto à Coroa britânica e também por serem, acima de tudo, dois aliados históricos que compartilham o que chamam de "uma relação especial".

Finalmente, haverá também convidados mais desconfortáveis, como o vice-presidente chinês, Han Zheng, que indignou os parlamentares britânicos por seu papel na repressão à sua ex-colônia Hong Kong. No âmbito interno, estarão presentes políticos hostis, como a líder do Sinn Féin no Ulster, Michelle O'Neill.

Perfil Brasil
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