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Covid-19 ofuscará comemorações de Ano Novo no mundo pelo segundo ano

30 dez 2021 - 14h46
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A Covid-19 irá ofuscar as comemorações de Ano Novo em todo o mundo pelo segundo ano consecutivo na sexta-feira, já que governos de muitos países reduzem festividades às pressas na tentativa de conter o contágio desenfreado.

Pessoas visitam decoração iluminada antes dos feriados de fim de ano em Bangcoc, na Tailândia 23/12/2021 REUTERS/Chalinee Thirasupa
Pessoas visitam decoração iluminada antes dos feriados de fim de ano em Bangcoc, na Tailândia 23/12/2021 REUTERS/Chalinee Thirasupa
Foto: Reuters

As infecções globais de coronavírus atingiram uma alta recorde no último período de sete dias, com quase um milhão de casos diários detectados em média entre 23 e 29 de dezembro --cerca de 100 mil a mais do que o pico anterior registrado na quarta-feira, de acordo com dados da Reuters.

Vários países registraram altas históricas durante as 24 horas anteriores, entre eles Argentina, Austrália, Bolívia, Estados Unidos, França e Itália, agora que a variante Ômicron se espalha sem controle.

Embora estudos levem a crer que ela é menos mortal do que algumas variantes anteriores, muitas autoridades de saúde preferem não arriscar, dizendo às pessoas que a melhor maneira de receber 2022 é em casa com muito poucos convidados, de preferência todos vacinados.

Na Europa, onde quase um milhão de pessoas morreram de coronavírus nos últimos 12 meses, shows e queimas de fogos de artifício tradicionais que costumam atrair milhões de pessoas às ruas foram cancelados na maioria das grandes cidades, incluindo Londres, Paris, Zurique, Bruxelas, Varsóvia e Roma.

Autoridades da Índia começaram a impor regras rigorosas nesta quinta-feira para evitar aglomerações, aplicando toques de recolher noturnos em todas as grandes cidades e ordenando que os restaurantes limitem a quantidade de clientes.

"Está se vendo que as reuniões sociais estão acontecendo de maneira irrestrita, que as pessoas estão desdenhando todas as normas de distanciamento social", disse Rajesh Tope, ministro da Saúde de Maharashtra, Estado do oeste indiano cuja capital é Mumbai.

No início desta semana, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu às pessoas que repensem seus planos de festas. "É melhor cancelar agora e comemorar mais tarde do que comemorar agora e lamentar mais tarde", disse ele.

Apesar da disparada de casos, alguns lugares estão mantendo suas programações de eventos, como Sydney, a primeira grande cidade a dar as boas-vindas ao Ano Novo, que realizará seu espetáculo de queima de fogos sobre a Opera House e Harbour Bridge.

De forma semelhante, Nova York disse que fará sua festa em Times Square, embora em escala reduzida, com muito menos pessoas no local para assistir a bola gigante emblemática descer por um mastro para marcar a chegada de 2022.

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