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Covid: Itália defende regras para europeus por razões de saúde

15 dez 2021 - 18h57
(atualizado às 19h39)
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O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, afirmou nesta quarta-feira (15) que a decisão de exigir teste anti-Covid negativo aos que chegam da União Europeia (UE) é fruto de uma "cuidadosa reflexão" científica e por razões de saúde e econômicas.

Itália defende regras para europeus por razões de saúde
Itália defende regras para europeus por razões de saúde
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Temos a responsabilidade de proteger a vida dos italianos e cada decisão é fruto de uma reflexão cuidadosa com a comunidade científica. Nosso farol é a saúde e não podemos correr o risco de fechar o país após o feriado devido ao aumento de casos", alegou o chanceler italiano.

Di Maio considerou que ter de impor restrições devido ao aumento de casos no Natal seria "um golpe para a economia".

Ontem (14), o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, assinou uma portaria válida até 31 de janeiro de 2022 que obriga "todos" os viajantes que chegam à Itália de países da UE a apresentarem exame negativo e impõe quarentena de cinco dias aos não vacinados.

No entanto, a decisão incomodou a Comissão Europeia, que quer coordenar as possíveis restrições dos países-membros, especialmente no Natal e nos períodos de visitas turísticas.

"Os países (da UE) têm a obrigação de informar a Comissão e os outros Estados-Membros 48 horas antes de decidirem impor restrições adicionais. Lembramos as autoridades italianas destas obrigações", disse um porta-voz da UE.

Di Maio garantiu que a Itália não tem "nenhum desacordo" com a UE sobre esta medida.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, por sua vez, citou o assunto rapidamente durante uma audiência na Câmara dos Deputados na manhã desta quarta.

Aos parlamentares, o premiê afirmou que "não via" motivos para explicar a decisão já que tanto países da UE como o Reino Unido vem registrando uma alta exponencial nos casos de Covid-19 - também em parte por conta da nova variante Ômicron.

Draghi também ressaltou que foi informado pelo ministro da Saúde, Roberto Speranza, antes da publicação da portaria.

A Itália vem enfrentando uma alta nas contaminações e nas mortes desde a metade de outubro e, por isso, está reforçando o controle para todos os trabalhadores e viajantes.

Ansa - Brasil
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