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Cruz Vermelha retira 71 funcionários estrangeiros do Iêmen por conta de ameaças e insegurança

7 jun 2018 - 20h40
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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) informou nesta quinta-feira que retirou 71 funcionários internacionais do Iêmen por conta de incidentes e ameaças envolvendo segurança, transferindo-os para o Djibuti.

Membros da Cruz Vermelha libanesa ao lado do caixão de membro da entidade morto no Iêmen
28/04/2018 REUTERS/Mohamed Azakir
Membros da Cruz Vermelha libanesa ao lado do caixão de membro da entidade morto no Iêmen 28/04/2018 REUTERS/Mohamed Azakir
Foto: Reuters

A agência pediu para todos os lados conflitantes na guerra de três anos no Iêmen fornecerem garantias de segurança para que pudesse continuar seus programas cirúrgicos, de água e de auxílio alimentar, que informou terem sido prejudicados pela retirada.

Cerca de 450 funcionários do ICRC continuam no Iêmen, incluindo dezenas de funcionários expatriados, disse a porta-voz Marie-Claire Feghali.

"Nossas atividades atuais foram bloqueadas, ameaçadas e diretamente visadas nas semanas recentes, e nós vemos uma tentativa vigorosa de instrumentalizar nossa organização como uma garantia no conflito", informou o ICRC em comunicado.

Um funcionário do ICRC de cidadania libanesa foi morto em 21 de abril por atiradores não identificados que abriram fogo contra seu carro na cidade iemenita de Taiz, conforme seguia para visitar uma prisão, informou a agência na época.

"Embora a delegação no Iêmen tenha recebido diversas ameaças no passado, nós não podemos agora aceitar riscos adicionais menos de dois meses após um atirador matar um membro da equipe. A segurança de nossa equipe, que está sendo intimidada por lados no conflito, é um pré-requisito não negociável para nossa presença e trabalho no Iêmen e uma prioridade absoluta", segundo comunicado.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e aliados muçulmanos sunitas entraram na guerra em 2015 para tentar afastar os houthis, um movimento xiita aliado ao Irã que forçou um governo de apoio saudita ao exílio em 2014.

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