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Cuba abre investigação sobre "incidentes" com diplomatas dos EUA em Havana

10 ago 2017 - 09h12
(atualizado às 09h43)
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Cuba informou na quarta-feira que está investigando as alegações dos Estados Unidos de que "incidentes" não especificados causaram sintomas físicos em norte-americanos que servem na embaixada dos EUA em Havana depois que dois diplomatas cubanos sediados em Washington foram expulsos.

Visão externa da embaixada dos Estados Unidos em Havana, Cuba 19/06/2017 REUTERS/Alexandre Meneghini
Visão externa da embaixada dos Estados Unidos em Havana, Cuba 19/06/2017 REUTERS/Alexandre Meneghini
Foto: Reuters

"Cuba jamais permitiu, ou permitiria, que o território cubano fosse usado para qualquer ação contra agentes diplomáticos credenciados ou suas famílias", disse o Ministério das Relações Exteriores cubano em comunicado. "Cuba reitera sua disposição de cooperar no esclarecimento desta situação".     

Havana informou ter iniciado uma "investigação abrangente, prioritária e urgente" sobre os supostos incidentes depois de ser informada pela embaixada a respeito em fevereiro.

Mais cedo na quarta-feira, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Heather Nauert disse a repórteres que a natureza exata dos incidentes não está clara, mas que norte-americanos servindo em Cuba voltaram para casa devido a "razões médicas" sem risco de morte.

Os EUA souberam dos problemas na embaixada no final de 2016, explicou.

"Não temos nenhuma resposta definitiva sobre a fonte ou a causa do que consideramos como incidentes", disse Nauert. "Ela causou uma variedade de sintomas físicos nestes cidadãos norte-americanos que trabalham para o governo dos EUA. Levamos estes incidentes muito a sério, e há uma investigação em andamento atualmente".

Como resultado, em 23 de maio os EUA pediram que dois funcionários cubanos que atuavam em Washington deixassem o país, e eles o fizeram, disse Nauert, uma ação que Cuba descreveu como "injustificada".

"O que isto exige é que se proporcionem exames médicos a estas pessoas", disse a porta-voz. "Inicialmente, quando elas começaram a relatar o que só chamarei de sintomas, demorou para se entender o que era, e isso ainda continua. Então estamos monitorando".

Uma autoridade do governo dos EUA disse que vários colegas da embaixada de Havana foram levados de volta a seu país natal por problemas de audição e outros sintomas ao longo dos últimos seis meses. Mais tarde alguns receberam aparelhos contra surdez, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reverteu parte das políticas de reaproximação de Cuba adotadas por seu antecessor, Barack Obama, mas manteve muitas delas, incluindo a reabertura da embaixada em Havana.

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