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Daniel Noboa terá dificuldade com Assembleia Nacional do Equador, mas sua mãe pode ajudar?

15 abr 2025 - 19h16
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O presidente do Equador, Daniel Noboa -- herdeiro de negócios que ganhou um novo mandato no domingo por uma surpreendente margem ampla -- pode ter dificuldades para aprovar projetos de lei na Assembleia Nacional dividida do país, onde a coalizão de sua rival nas eleições está próxima da maioria.

Sua mãe -- a médica e parlamentar Annabella Azín -- pode ser uma grande parte da solução, se ele estiver disposto a assumir algum risco político.

Azín, de 63 anos, foi eleita para a Assembleia em fevereiro com mais votos do que qualquer outro candidato, o que a coloca na disputa para ser eleita presidente da Casa quando a nova legislatura começar em 14 de maio.

Os parlamentares do partido Ação Democrática Nacional, de Noboa, disseram que Azín seria uma ótima escolha para liderar a Assembleia e a própria disse que estaria disposta a isso.

Azín é bem conhecida no Equador por suas décadas de trabalho como o rosto da iniciativa filantrópica da rica família Noboa, a Cruzada para uma Nova Humanidade, que oferece assistência médica e medicamentos gratuitos, especialmente em áreas rurais.

Seu marido -- o pai de Noboa -- é Álvaro Noboa, cujo império empresarial se expandiu da exportação de bananas para dezenas de outras empresas. Álvaro tentou, sem sucesso, a Presidência cinco vezes, às vezes com Azín como sua candidata a vice-presidente. O casal tem quatro filhos.

Ter um aliado próximo comandando as sessões da Assembleia ou dirigindo os comitês mais importantes pode ajudar o partido de Noboa a aprovar legislações para reforçar a segurança e atrair mais investimentos privados para o setor de petróleo, entre outras prioridades.

Seu partido tem 66 cadeiras, embora dois de seus parlamentares tenham dito que as negociações com partidos menores estão em andamento e que ele já pode contar com mais três vagas como parte de seu bloco.

O socialista Revolução dos Cidadãos tem 67 cadeiras e fez um acordo de coalizão informal com o partido indígena Pachakutik, que tem nove cadeiras, o que os coloca a uma cadeira para formar maioria entre os 151 parlamentares.

Mas o Revolução dos Cidadãos pode estar rachado depois que sua candidata presidencial, Luisa González, perdeu para Noboa. Ela pediu uma recontagem de votos, enquanto outros líderes do partido e o Pachakutik, bem como observadores externos, reconheceram a vitória de Noboa.

Azín como presidente da assembleia poderia ser mais um obstáculo do que uma ajuda para Noboa, disse o analista político Alfredo Espinosa.

"Simbolicamente, seria significativo", disse ele. "Mas, politicamente, seria um erro -- não pode ser que o filho seja o chefe do Poder Executivo e a mãe, a chefe do Poder Legislativo."

"Isso não seria muito democrático e criaria sérias dúvidas sobre o papel que a Assembleia desempenhará", acrescentou Espinosa.

Azín pode não concordar em se candidatar ao cargo para evitar acusações de injustiça, disse Francis Romero, da empresa de pesquisas Click Research.

De qualquer forma, o partido de Noboa provavelmente garantirá a presidência da Assembleia e seus rivais socialistas -- fundados pelo ex-presidente Rafael Correa -- precisarão pensar cuidadosamente em como abordar seu papel de oposição, disse o pesquisador.

"Se o movimento correísta na Assembleia achar que pode se opor a tudo o que o presidente faz, estará marchando para o seu fim", disse Romero.

Se ela for eleita presidente da Assembleia, Azín colocará a faixa presidencial cerimonial em seu filho quando ele tomar posse em 24 de maio.

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