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Daniel Ortega ataca Vaticano: 'Conglomerado do fascismo'

Relações entre Nicarágua e a Igreja Católica estão suspensas

27 ago 2024 - 09h35
(atualizado às 11h29)
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O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, acusou o Vaticano de fazer parte de um "conglomerado do fascismo", em meio às tensas relações entre o regime do país e a Igreja Católica, principalmente pela perseguição contra os religiosos.

    A declaração foi dada na última segunda-feira (26) durante uma cúpula virtual dos líderes da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba).

    Na ocasião, o ditador da Nicarágua indicou que a Santa Sé é um Estado "claramente a favor do império", em uma alusão aos Estados Unidos, mas não apresentou provas para basear sua confirmação.

    Em seu pronunciamento, ele também acusou o Vaticano de ter sido "cúmplice dos nazistas" e dos fascistas da Espanha e Itália no século passado.

    "O Vaticano é mais uma ferramenta em todas essas batalhas que estamos travando [no planeta], mais uma ferramenta que faz parte do conglomerado do fascismo que, de novas formas, quer dominar o mundo", enfatizou Ortega.

    As acusações contra a Igreja são feitas poucos dias após o papa Francisco encorajar o "amado povo da Nicarágua" a renovar a esperança, com uma referência implícita à repressão contra a comunidade católica local.

    "Lembre-se de que o Espírito Santo sempre guia a história para projetos mais elevados. Que a Virgem Imaculada vos proteja nos momentos de provação e vos faça sentir a sua ternura materna", rezou o Pontífice no Angelus do último domingo (25).

    Daniel Ortega está no poder desde 2007 e, nos últimos meses, tem intensificado a perseguição a grupos opositores, fechando ONGs, veículos de comunicação e entidades religiosas.

    As relações entre o regime de Ortega e a Igreja Católica também estão sob forte tensão, em meio à expulsão e prisão de padres, da proibição de atividades religiosas e da suspensão das relações diplomáticas, ocorrida depois de Jorge Bergoglio definiu o regime da Nicarágua como "opressivo" e "ditadura grosseira". .

Ansa - Brasil
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