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Democratas processam Rússia,campanha de Trump e Wikileaks

Partido denuncia conspiração para interferir nas eleições 2016

20 abr 2018 - 14h59
(atualizado às 15h23)
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O partido Democrata entrou nesta sexta-feira (20) com uma ação milionária contra o governo russo, a campanha do presidente Donald Trump e a organização Wikileaks, por conspiração na suposta interferência na eleição presidencial norte-americana em 2016 para prejudicar Hillary Clinton.

Democratas processam Rússia,campanha de Trump e Wikileaks
Democratas processam Rússia,campanha de Trump e Wikileaks
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O processo foi apresentado no Tribunal Federal de Manhattan e trata-se de uma causa civil para pedir um ressarcimento de milhões de dólares. A queixa alega que altos funcionários da campanha do magnata conspiraram para a invasão da rede de computadores do partido e divulgação de material.

Em comunicado, o presidente do partido, Tom Perez, afirmou que "durante a campanha presidencial de 2016, a Rússia lançou um ataque total contra nossa democracia e encontrou um parceiro ativo e disposto na campanha de Donald Trump".

Segundo o documento, "isso constitui um ato de traição sem precedentes: a campanha de um candidato ao cargo de presidente dos Estados Unidos, aliado a um poder estrangeiro hostil para reforçar sua própria chance de conquistar a presidência".

A ação ainda argumenta que o "ciberataque prejudicou a capacidade do Partido Democrata de se comunicar com os eleitores, coletar doações e operar de forma eficaz, pois seus funcionários enfrentavam assédio pessoal e, em alguns casos, ameaças de morte".

De acordo com o jornal norte-americano "The Washington Post", a atitude de processar um país estrangeiro pode apresentar problemas legais para o partido, em parte porque outras nações têm imunidade da maioria dos processos judiciais dos Estados Unidos.

No entanto, o processo alega que a Rússia não tem direito à imunidade de soberania porque, neste caso, "as acusações surgem da violação da Rússia contra os servidores privados" do partido "para roubar segredos comerciais e cometer espionagem econômica".

A tática legal apresentada na ação é similar a que os democratas fizeram durante o escândalo do Watergate em 1972. Na ocasião, o partido entrou com um processo contra o comitê de reeleição do então presidente dos EUA Richard Nixon na tentativa de receber US$1 milhão em danos pela invasão da sede da legenda no prédio Watergate.

Ansa - Brasil
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