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Desenganado por médicos, adolescente surpreende e se recupera de câncer e leucemia

Médicos previram que o garoto de 14 anos viveria apenas três dias, em dezembro. Caso é único no mundo

12 fev 2014 - 07h37
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Deryn Blackwell, de 14 anos, ouviu dos médicos que teria apenas três dias de vida, em dezembro
Deryn Blackwell, de 14 anos, ouviu dos médicos que teria apenas três dias de vida, em dezembro
Foto: BBC News Brasil

Um adolescente britânico ouviu dos médicos há dois meses que tinha apenas três dias de vida, mas surpreendeu a todos com sua recuperação.

O caso de Deryn Blackwell, de 14 anos, é o único conhecido no mundo de uma pessoa a ser diagnosticada com leucemia e sarcoma de células de Langerhans, um câncer raro. O diagnóstico foi feito há três anos e, durante o tratamento, em dezembro de 2013, ele contraiu outra doença que atacava seu sistema imunológico debilitado pelos dois tipos de câncer.

Foi então que Deryn ouviu dos médicos que morreria antes do Ano Novo. Ele foi para uma casa de repouso para pacientes terminais, onde se preparou, junto a sua família, para o pior. "Ele tinha aceitado e nós tínhamos aceitado. Deryn até pediu para conhecer o quarto onde ficavam os corpos para saber para onde seria levado quando morresse", disse sua mãe, Callie Blackwell, à BBC.

Perspectiva

Sabendo que não teria muito tempo de vida, o garoto escreveu uma lista das coisas que gostaria de fazer. Ele conheceu celebridades, andou em carros velozes e até experimentou uma bebida alcoólica pela primeira vez.

Deryn também planejou seu funeral e o destino que teriam suas cinzas - parte seria colocada em fogos de artifício, outra parte em um canhão e a terceira parte seria atirada de uma montanha na Grécia. Mas seu corpo começou, inexplicavelmente, a lutar contra as infecções e produzir hemácias - células vermelhas do sangue - saudáveis novamente.

Deryn Blackwell, de 14 anos, ouviu dos médicos que teria apenas três dias de vida, em dezembro
Deryn Blackwell, de 14 anos, ouviu dos médicos que teria apenas três dias de vida, em dezembro
Foto: BBC News Brasil

"Os médicos não sabem explicar, então nem conseguem nos dar uma ideia do que pode acontecer nas próximas semanas", diz Callie Blackwell. "No início foi difícil passar da aceitação de que eu iria perder o meu filho e não vê-lo crescer para de repente pensar 'na verdade, talvez eu veja'."

O garoto, que chegou a precisar tomar 35 medicamentos diferentes por dia, agora toma apenas um. Deryn saiu da casa de repouso e agora frequenta uma academia para melhorar sua resistência física.

"É preciso colocar as coisas em perspectiva. Se você começa a tossir e reclamar, tem que ver que há outras pessoas, como eu, que estão em uma situação pior e não estão reclamando. Então a sua tosse não é assim tão ruim", disse o garoto à BBC.

Ele continua em tratamento, porque seu câncer ainda pode retornar. Mas seus pais querem criar uma instituição de caridade em seu nome, na esperança de que ela seja não somente seu legado, mas o seu projeto de vida.

Fonte: Terra
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