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Destroços de míssil atingem prédio em Kiev e deixam um morto

Edifício de 16 andares foi atingido por volta das 5h da manhã (hora local), disseram as autoridades

17 mar 2022 - 07h13
(atualizado às 07h49)
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Bombeiros trabalham em prédio residencial atingido por destroços de míssil em Kiev, capital da Ucrânia
Bombeiros trabalham em prédio residencial atingido por destroços de míssil em Kiev, capital da Ucrânia
Foto: Thomas Peter

Ao menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas após destroços de um míssil derrubado atingirem um prédio residencial na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos à cidade, afirmou o serviço de emergência ucraniano nesta quinta-feira.

O prédio de 16 andares foi atingido por volta das 5h da manhã (hora local), disseram as autoridades, apontando que 30 pessoas haviam sido retiradas do local e um incêndio havia sido apagado.

Segundo jornalistas da agência de notícias AFP, a parte de cima do prédio foi parcialmente destruída, incluindo um apartamento no último andar.

O incidente ocorreu apenas duas horas antes do fim de um toque de recolher imposto na noite de terça-feira em meio ao que o prefeito de Kiev chamou de um "momento perigoso".

Há vários dias, tropas russas que tentam cercar Kiev vêm lançando bombardeios contra a cidade nas primeiras horas da manhã.

Quatro pessoas foram mortas em ataques a prédios residenciais em Kiev na terça, e outras duas na segunda.

Prefeito de Mariupol classifica bombardeio de teatro de genocídio

A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira que a Rússia atacou e destruiu um teatro na cidade portuária sitiada de Mariupol, usado como refúgio por centenas de civis. Segundo o governo local, cerca de mil pessoas estariam abrigadas no teatro. A informação não pôde ser verificada pela DW de forma independente. Ainda não há informações sobre o número de vítimas.

O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, classificou o ocorrido de genocídio. "A única palavra que descreve o que aconteceu hoje é genocídio", afirmou no Telegram.

O ministro do Exterior da Ucrânia, Dmytro Kuleba, classificou o ocorrido de "mais um crime de guerra horrendo" e disse que era impossível que os russos não soubessem que se tratava se um alvo civil.

Imagens de satélite mostraram que dos dois lados do teatro, no chão, foi escrita em letras grandes a palavra "crianças" em russo, na esperança de que fossem vistas por pilotos russos de artilharia. Vídeos na internet mostram o prédio completamente destruído.

A Rússia negou a autoria do crime e alegou que um regimento nacionalista ucraniano, o Batalhão Azov, estaria por trás do ataque.

Biden anuncia mais armas para a Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, é "um criminoso de guerra" pela invasão de seu país à Ucrânia, e anunciou mais 800 milhões de dólares em assistência à segurança ucraniana.

O novo pacote inclui o envio de 800 sistemas portáteis de mísseis antiaéreos Stinger, 100 lançadores de granadas e 20 milhões de munições para armas de pequeno porte e um número não especificado de drones. "Vamos dar à Ucrânia armas para lutar e se defenderam nos dias difíceis que tem pela frente", afirmou Biden.

O anúncio foi feito após o discurso de seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, ao Congresso dos EUA, por transmissão em vídeo, a partir de Kiev. Zelenski voltou a pedir uma zona de exclusão aérea na Ucrânia.

Fazendo um paralelo com tragédias históricas vividas pelos EUA, afirmou que seu país enfrenta hoje todos os dias, o que os americanos experimentaram no 11 de Setembro e no ataque a Pearl Harbor. "Peço para que vocês façam mais", apelou.

Apesar dos apelos de Zelensky, os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descartaram a possibilidade de enviar uma missão de paz à Ucrânia ou implementar uma zona de exclusão aérea sobre o território ucraniano. Por outro lado, o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, anunciou planos de reforçar a presença de forças da Otan nos países-membros do Leste Europeu.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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