Dez anos após desaparecimento, Malásia retomará buscas pelo voo MH370
O ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, afirmou que o país decidiu retomar a busca pelos restos do avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH370, mais de dez anos depois de a aeronave ter desaparecido em um dos maiores mistérios da aviação mundial.
O voo, realizado por um Boeing 777 que carregava 227 passageiros e 12 tripulantes, desapareceu no dia 8 de março de 2014, durante viagem entre Kuala Lumpur e Pequim. "Nossa responsabilidade e obrigação e compromisso são com os parentes próximos", afirmou o ministro em coletiva de imprensa. "Esperamos que, desta vez, seja positivo, que os destroços sejam encontrados e que possamos dar um fechamento desse ciclo para as famílias." Jiang Hui, cuja mãe era uma passageira do voo MH370, saudou a decisão de retomada das buscas, mas afirmou que o processo demorou demais, e que seria interessante se outros participantes ajudassem na iniciativa. "Esperamos que o governo malaio possa adotar um método aberto, como oferecer um sistema de recompensas públicas, pelo qual qualquer pessoa possa participar das buscas", afirmou. A última transmissão do voo MH370 ocorreu cerca de 40 minutos após a decolagem de Kuala Lumpur. Os pilotos confirmaram quando o voo entrou no espaço aéreo vietnamita, sobre o golfo da Tailândia, mas logo depois o transponder foi desligado. Radares militares mostraram que o voo deixou seu plano de voo e voltou para o norte da Malásia, seguindo para o mar de Andaman e depois virando ao sul, quando todo o contato foi perdido. Partes do avião, algumas confirmadas e outras que podem ser dele, foram recuperadas na costa da África e em ilhas do Oceano Índico.