Dez morrem e 16 ficam feridos após atropelamento com van em Toronto
A polícia afirma quer o motorista foi preso a vários quarteirões do local onde ocorreu o atropelamento; Itamaraty diz que não há brasileiros entre as vítimas.
Dez pessoas morreram e 16 ficaram feridas após um motorista dirigindo uma van atropelar um grupo de pedestres em Toronto, no Canadá, segundo a polícia local.
O motorista, identificado como Alek Minassian, de 25 anos, fugiu do local, um cruzamento movimentado na região norte da cidade. Mas foi preso a vários quarteirões de distância do local do atropelamento. As autoridades canadenses disseram que ainda não há informações sobre qual seria o motivo do ataque.
Reza Hashemi, dono de uma locadora de vídeo na rua Yonge, disse à BBC ter ouvido gritos do outro lado da rua.
Hashemi disse que o motorista subiu na calçada, avançou nas pessoas e voltou para a rua novamente.
O incidente ocorreu na rua Yonge e na avenida Finch às 13h30, hora local (14h30 em Brasília) desta segunda-feira. A cena do crime demarcou um trecho de 2 km da rua Yonge.
A cerca de 30 quilômetros de distância do acidente, no centro da cidade, o grupo dos sete ministros das Relações Exteriores dos países industrializados - incluindo Canadá, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão - fazia reuniões.
Fotos aparentemente tiradas no local do acidente mostraram policiais armados com fuzis e paramédicos socorrendo pessoas feridas. Uma bolsa laranja, que parecia conter um corpo, foi colocada em uma ambulância.
"Os relatos indicam que uma van branca subiu na calçada em direção ao sul de Yonge, ao sul de Finch, e atingiu entre oito a dez pessoas. Os números ainda não estão confirmados", disse o porta-voz da polícia de Toronto, Gary Long, à emissora canadense Global News.
A porta-voz da polícia de Toronto, Jenifferjit Sidhu, disse à CBC News que o veículo foi parado pelos policiais. Nenhuma informação sobre o motorista foi passada.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, twittou de Ottawa: "Nossos pensamentos estão com todos aqueles afetados pelo terrível incidente em Yonge e Finch em Toronto".
"Obrigado aos socorristas que trabalharam no local - estamos monitorando a situação de perto", concluiu.
Falando em inglês truncado, uma testemunha disse à imprensa local: "Eu vi que tinha um caminhão branco subindo na calçada e muitas pessoas gritando: 'pare o carro!' Mas ele continuou andando e bateu em algumas pessoas. Três delas ficaram deitadas e não se mexeram mais."
Uma testemunha disse ao City News que o motorista, que ele identificou como um homem, estava dirigindo na calçada, "acertando qualquer coisa que cruzasse seu caminho".
"Pessoas, hidrantes, caixas de correio foram atropeladas", disse o homem, que pediu para não ser identificado e disse estar dirigindo atrás da van no momento do atropelamento.
Enquanto a van continuava, o homem disse que buzinava para tentar avisar os pedestres. "Eu testemunhei pelo menos seis, sete pessoas sendo atingidas e voando no ar, como mortos, na rua", disse ele.
O prefeito de Toronto, John Tory, classificou o atropelamento como "um incidente muito trágico". Ele disse "oferecer toda e qualquer ajuda que a cidade possa fornecer à polícia para ajudar nas investigações".
Os Estados Unidos e a Europa registraram um aumento nos ataques com veículos nos últimos anos. Em outubro de 2017, um homem em Nova York avançou com uma van por uma ciclovia, matando oito pessoas.
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