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Dia do Trabalhador: Veja manifestações do 1º de maio na França

Governo de Emmanuel Macron é acusado de violência policial, intolerância religiosa, xenofobia e racismo.

1 mai 2023 - 16h33
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No Dia do Trabalhador, manifestantes na França participam de protestos contra o aumento da idade de aposentadoria, de 62 para 64 anos. Há protestos ocorrendo em várias cidades como Paris, Nantes e Lyon, onde a polícia disparou bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes que incendiaram vários veículos e destruíram algumas instalações comerciais.

A França vive uma onda de protestos desde o começo do ano; as manifestações se intensificaram no Dia do Trabalhador Crédito
A França vive uma onda de protestos desde o começo do ano; as manifestações se intensificaram no Dia do Trabalhador Crédito
Foto: Carl Court/Getty Images / Perfil Brasil

Vários países expressaram preocupação perante a Organização das Nações Unidas (ONU) pela violência policial. A França vive uma onda de protestos desde o começo do ano.

A ONU possui um mecanismo chamado Exame Periódico Universal ao qual todos os 193 países que compõem a organização devem se submeter; o processo é realizado a cada quatro anos. Além da violência policial, também foram abordadas outras questões como os ataques aos migrantes, discriminação racial e intolerância religiosa.

"A França deve tomar medidas para abordar, de forma transparente, as denúncias sobre o uso excessivo da força por parte da polícia contra manifestantes durante os protestos", declarou o representante da Suécia junto ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra.

Dinamarca, Liechtenstein, Noruega, Luxemburgo e Malásia também manifestaram preocupações similares. Rússia, Venezuela e Irã, três nações que são alvos frequentes de acusações de violência policial e outras violações graves e generalizadas dos direitos humanos, também mencionaram o caso francês.

A representante da Rússia, Kristina Sukacheva, afirmou ao Conselho que "preocupam-nos as medidas duras e às vezes violentas destinadas a dispersar cidadãos pacíficos".

Na França têm se multiplicado internamente as críticas contra um uso da força, considerado excessivo nos últimos meses, contra os manifestantes contrários à impopular reforma da Previdência realizada pelo governo do presidente Emmanuel Macron.

Na revisão desta segunda-feira (01) do Exame Periódico Universal, vários países, entre eles os Estados Unidos, também solicitaram à França mais esforços para combater a discriminação racial e religiosa.

A representante americana, Kelly Billingsley, disse que seu país instava Paris a "ampliar os esforços para se contrapor aos crimes e ameaças de violência motivados pelo ódio religioso, como o antissemitismo e o ódio anti-muçulmano". Brasil e Japão denunciaram o uso de "perfis raciais" pelas forças de segurança.

A ministra da Igualdade de Gênero e Diversidade, Isabelle Rome, que chefiou a delegação francesa, não respondeu explicitamente a todas as críticas, mas comparou o racismo e o antissemitismo a "um veneno para a República".

A assessora jurídica do Ministério do Interior francês, Sabrine Balim, explicou ao conselho que os policiais têm a obrigação de usar um número de identificação individual "para garantir a visibilidade e a rastreabilidade de suas ações". A exigência, porém, nem sempre é praticada, razão pela qual o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, exigiu que seja usado "em todas as circunstâncias".

Perfil Brasil
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