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Dinamarca planeja novos navios e mais patrulhas de trenós com cães na Groenlândia

10 jan 2025 - 14h03
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O governo da Dinamarca propôs comprar dois novos navios de inspeção do Ártico e aumentar as patrulhas de trenós puxados por cães para reforçar sua presença militar na Groenlândia, enquanto o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está de olho na ilha, informou a mídia local.

O governo também propôs modernizar o aeroporto em Kangerlussuaq, uma antiga base militar dos EUA no oeste da Groenlândia, para acomodar caças F-35, disseram as emissoras DR e TV2 na sexta-feira.

A Dinamarca já reservou 400 milhões de dólares para fortalecer a vigilância e a inteligência no Ártico e no Atlântico Norte com drones de longo alcance.

Trump reiterou esta semana sua ambição de ganhar o controle da Groenlândia, um território ártico semiautônomo da Dinamarca que o novo presidente dos EUA considera crucial para a segurança norte-americana.

A Dinamarca, embora responsável pela segurança e defesa da Groenlândia, tem capacidades militares limitadas na vasta ilha. Atualmente, elas incluem quatro embarcações de inspeção envelhecidas, um avião de vigilância Challenger e 12 patrulhas de trenós puxados por cães, todos encarregados de monitorar uma área quatro vezes maior que a França.

A tradição de usar cães de trenó para patrulhar a Groenlândia remonta à Segunda Guerra Mundial, sendo a patrulha uma unidade especializada da Marinha Real Dinamarquesa.

GASTOS DE DEFESA

Após mais de uma década de cortes drásticos nos gastos com defesa, no ano passado a Dinamarca destinou 190 bilhões de coroas dinamarquesas (26 bilhões de dólares) para suas forças armadas ao longo de um período de dez anos, parte dos quais será destinada ao Ártico.

Os legisladores dinamarqueses começaram as negociações há muito adiadas nesta sexta-feira sobre como distribuir esses fundos, que estão sendo progressivamente alocados por meio de acordos políticos. As discussões se concentraram em qual parte do orçamento deveria ir para os requisitos de defesa da Groenlândia.

No início desta semana, o Ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, disse que estava ansioso para informar Trump sobre o "enorme" reforço militar da Dinamarca desde seu último mandato como presidente.

No entanto, o Ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, reconheceu na quinta-feira que os investimentos militares necessários foram "negligenciados por muitos anos".

Poulsen disse no mês passado que mais fundos deveriam ser alocados para a presença militar da Dinamarca no Ártico, embora não tenha fornecido detalhes.

"As preocupações dos EUA são reais, e há alguns problemas muito concretos e enormes em relação à Groenlândia", disse o analista de defesa e comandante aposentado da Marinha Jens Wenzel Kristoffersen à Reuters.

"Os EUA precisam se sentir seguros nessa área e, se a Dinamarca não fizer algo a respeito, eles terão que lidar com isso sozinhos."

O exército dos EUA mantém uma presença permanente na Base Espacial Pituffik, no noroeste da Groenlândia. A localização estratégica é vital para o exército dos EUA e seu sistema de alerta antecipado de mísseis balísticos, já que a rota mais curta da Europa para a América do Norte passa pela ilha.

Na quinta-feira, a embaixada dos EUA em Copenhague declarou que não havia planos para aumentar a presença militar dos EUA na Groenlândia.

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