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Mundo

Diocese de bispo que recusou ser cardeal teria casos de abusos

Syukur seria um dos novos cardeais nomeados pelo Papa

23 out 2024 - 10h49
(atualizado às 12h01)
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A decisão do franciscano Paskalis Bruno Syukur, bispo de Bogor, na Indonésia, de não ser criado cardeal no próximo consistório anunciado pelo papa Francisco pode estar ligada ao fato de terem surgido casos de abuso sexual contra menores em sua diocese, que afetam também as estruturas da Igreja.

    A informação foi revelada pelo jornal italiano "La Repubblica" nesta quarta-feira (23), um dia após o religioso renunciar à sua indicação alegando "seu desejo de crescer ainda mais na sua vida sacerdotal, no seu serviço à Igreja e ao povo de Deus".

    "Há uma questão de encobrimento de alegações de abuso sexual por parte de padres na sua diocese por trás da renúncia do bispo indonésio Paskalis Bruno Syukur, anunciada ontem à noite pelo Vaticano, para se tornar cardeal no próximo Consistório do papa Francisco", escreveu a publicação.

    De acordo com o jornal italiano, o anúncio de que Syukur seria um dos próximos 21 novos cardeais do consistório de 7 de dezembro desencadeou uma forte polêmica em seu país porque "o prelado é suspeito de ter protegido padres da diocese de Bogor que abusaram sexualmente de menores".

    Conforme divulgado pela revista independente "Tempo", além de um caso de abuso sexual de um coroinha na Igreja de São Herculano em Depok, na província de Java Ocidental, que foi divulgado em junho passado, suspeita-se que um incidente semelhante tenha ocorrido no orfanato gerido pela Igreja Kancana Bejana Rohani.

    No caso do orfanato, "houve várias vítimas de um frade que dirigia o estabelecimento e eles contaram os seus testemunhos ao mesmo semanário", acrescenta o Repubblica.

    Acredita-se que o suposto autor deste último caso seja o irmão Angelo Ngalngola, que afirmou que o orfanato foi autorizado pela diocese. Inclusive, o bispo Syukur já declarou que "o abuso deve ser abordado abertamente".

    A revista ouviu as acusações de várias vítimas do orfanato católico, o que é possível que surjam "situações de encobrimento".

    A renúncia de Syukur de ser criado cardeal foi definida pela Arquidiocese de Jacarta como uma "notícia surpreendente", mas que deve ter havido "fortes razões" e será respeitada.

    Com 62 anos de idade, o religioso foi nomeado bispo por Francisco em 21 de novembro de 2013, depois de servir de 2001 a 2009 como provincial da Ordem dos Frades Menores na Indonésia.

    De 2018 a 2022 foi segundo vice-presidente da Conferência Episcopal da Indonésia e desde então é seu secretário-geral.

    No mesmo ano, a diocese de Bogor, incluindo os territórios da ilha de Java, tinha 94.381 batizados entre os 20.559.829 habitantes. .

Ansa - Brasil
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