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Diplomatas de alto escalão dos EUA e da China consideram uma 1ª reunião desde drama com balão de vigilância

Mais cedo neste mês, Blinken adiou uma viagem planejada a Pequim devido ao que os EUA disseram ser uma violação inaceitável do seu espaço

13 fev 2023 - 18h30
(atualizado às 19h32)
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O governo dos EUA, porém, informou que a China estaria realizando operações similares em mais de 40 países do mundo.
O governo dos EUA, porém, informou que a China estaria realizando operações similares em mais de 40 países do mundo.
Foto: wikimedia commons Famartin / Flipar

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, está considerando uma reunião com o principal diplomata chinês, Wang Yi, na Conferência de Segurança de Munique, no que seria a primeira conversa cara a cara depois que os EUA derrubaram objetos voadores, disseram fontes à Reuters.

Mais cedo neste mês, Blinken adiou uma viagem planejada a Pequim devido ao que os EUA disseram ser uma violação inaceitável do seu espaço aéreo e sua soberania por um balão de vigilância chinês que depois foi derrubado na costa da Carolina do Sul.

O voo do balão causou indignação em Washington, com políticos criticando os militares dos EUA e o presidente norte-americano, Joe Biden, por não terem derrubado o objeto quando ele entrou pela primeira vez no espaço aéreo dos EUA.

Mas isso também tem levantado questões sobre quando os dois países, ambos ansiosos para injetar estabilidade nas relações turbulentas, poderão conduzir reuniões de alto escalão.

Uma autoridade dos EUA disse à Reuters sob condição de anonimato que é possível acontecer uma reunião entre Blinken e Wang em Munique. Uma segunda fonte familiarizada com os planos dos EUA também disse que era possível, mas que nada havia sido confirmado.

Falando em uma coletiva de imprensa com seus pares japoneses e sul-coreanos, a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, disse que não tinha nada a anunciar sobre uma possível reunião entre Blinken e Wang Yi em Munique, mas não descartou essa possibilidade.

"Como o secretário Blinken tem dito consistentemente, e como ele disse a Wang Yi --como todos disseram à RPC--, estamos abertos ao diálogo quando é de nosso interesse fazê-lo e acreditamos que as condições estão corretas", disse, se referindo à República Popular da China.

"Sei que há um relato sobre uma possível reunião em Munique, mas eu não tenho nada a anunciar hoje."

A Embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O Ministério das Relações Exteriores da China reagiu indignada às alegações de espionagem de Washington, dizendo que o balão era um dirigível de pesquisa civil e acusando os Estados Unidos de hipocrisia.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, notou na semana passada que Blinken adiou sua visita à China, mas não a cancelou ou renunciou a futuras comunicações de alto nível com a China.

Uma oportunidade para uma reunião é a conferência de segurança em Munique, de 17 a 19 de fevereiro, a qual Blinken e Wang irão participar.

Nos últimos dias, os militares norte-americanos derrubaram quatro objetos voadores sobre a América do Norte, mais recentemente no domingo, quando um objeto octogonal foi derrubado sobre o Lago Huron, disse o Pentágono.

A China disse nesta segunda-feira que balões de alta altitude dos EUA sobrevoaram seu espaço aéreo sem permissão mais de dez vezes desde o início de 2022. A Casa Branca nega a acusação.

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