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Diretor dos correios dos EUA adia corte de serviços após polêmica sobre votos por correspondência

18 ago 2020 - 20h59
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O diretor-geral do Serviço Postal dos Estados Unidos, Louis DeJoy, suspendeu nesta terça-feira todas as mudanças no serviço de correios até as eleições de novembro, cedendo à pressão dos democratas que disseram que as medidas pareciam uma tentativa de aumentar as chances de reeleição do presidente Donald Trump.

Caixa de correios do Serviço Postal dos Estados Unidos em Pasadena, na Califórnia
17/08/2020
REUTERS/Mario Anzuoni
Caixa de correios do Serviço Postal dos Estados Unidos em Pasadena, na Califórnia 17/08/2020 REUTERS/Mario Anzuoni
Foto: Reuters

O recuo ocorreu após críticas de que os cortes poderiam atrasar o processamento dos votos por correspondência, que podem representar até metade dos votos totais nas eleições de novembro se a pandemia do coronavírus continuar provocando temores de aglomeração.

Críticos acusaram o republicano Trump, que está atrás do democrata Joe Biden nas pesquisas, de tentar prejudicar o Serviço Postal para suprimir a votação por correspondência. 

Por repetidas vezes e sem apresentar evidências, Trump afirmou que o crescimento da votação por correspondência levará a um aumento nas fraudes, embora há muito tempo os norte-americanos votem à distância.

As mudanças planejadas no serviço de correio, que ameaçaram atrasar a entrega de correspondências --e, em alguns casos, chegaram a de fato atrasar-- incluem reduções de horas extras, restrições de viagens adicionais de transporte e novas políticas de triagem e entrega. Elas foram aprovadas em uma iniciativa para reduzir custos. 

"Eu estou suspendendo essas iniciativas até que a eleição esteja concluída", disse DeJoy em nota, acrescentando que as mudanças são para "evitar mesmo a aparência de qualquer impacto na votação por correspondência".

A Reuters reportou a notícia da suspensão das medidas primeiro nesta terça-feira. 

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, classificou o anúncio de DeJoy como inadequado e disse que continuaria impulsionando projetos de lei nesta semana para ajudar o Serviço Postal do país. 

"Essa pausa apenas suspende um número limitado de mudanças do diretor, não reverte o dano que já foi feito, e sozinha não é suficiente para garantir que os eleitores não serão desfavorecidos pelo presidente" nas eleições do dia 3 de novembro, disse Pelosi em nota.

"A Câmara irá seguir adiante com nossa votação no sábado", disse, em referência a um projeto que deve conter provisões para prevenir que os correios reduzam o nível de atividades para um nível menor do que era em janeiro. 

DeJoy, um grande aliado político e doador da campanha de Trump, assumiu o cargo em junho. Suas mudanças operacionais recentes provocaram críticas generalizadas. 

Mark Dimondstein, presidente do Sindicato de Trabalhadores do Serviço Postal dos EUA, saudou "a reversão das políticas pelo diretor", mas acrescentou que o Serviço Postal ainda estava com "necessidade imediata de 25 bilhões de dólares em resgate financeiro por conta da Covid-19".

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