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'Disseram que, se eu não fizesse o que queriam, mostrariam o vídeo do estupro ao mundo'

2 mar 2015 - 13h56
(atualizado às 13h56)
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Sadia (nome fictício) trabalhava como professora primária. Hoje, ela se esconde dentro de casa, porque todos na aldeia onde ela mora sabem que ela foi vítima de um estupro coletivo: o vídeo do ato foi postado na internet por seus próprios agressores.

Até pessoas que moram a 100 quilômetros de distância da pequena aldeia paquistanesa onde ela mora receberam o arquivo.

"Muitas pessoas estão assistindo ao vídeo por diversão, elas acham interessante. O que aconteceu, aconteceu, mas, em vez de apagar o vídeo, elas estão compartilhando com outras, como um entretenimento barato", lamenta Sadia.

Com o apoio do pai, Sadia foi à polícia. Os quatro suspeitos foram acusados de estupro coletivo, sequestro e distribuição de pornografia. Eles aguardam o veredicto.

Mas o vídeo continua circulando online.

Mesmo que os agressores de Sadia sejam punidos, ela provavelmente terá ainda de conviver com o fato de o ato estar sendo assistido e compartilhado por seus vizinhos pela internet.

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