O presidente sírio, Bashar al-Assad, chamou de "insensatas" as acusações ocidentais sobre um suposto ataque químico executado por seu regime e advertiu o governo dos Estados Unidos que os projetos de intervenção militar na Síria estão "condenados ao fracasso".
Em uma entrevista ao jornal russo Izvestia, Assad disse que "as declarações feitas por políticos nos Estados Unidos e Ocidente são um insulto ao senso comum".
Washington sofrerá um revés como em todas as guerras anteriores que iniciou, começando pelo Vietnã, se decidir realizar uma operação militar na Síria, completou. "Não faz sentido acusar primeiro e buscar as provas depois".
O secretário de Estado americano John Kerry ligou no domingo para o secretário-geral da ONU e para os chefes da diplomacia da Grã-Bretanha, França, Canadá e Rússia para informar que tem "poucas dúvidas" sobre o uso de armas químicas por Damasco em 21 de agosto contra alvos rebeldes nos subúrbios da capital síria.
Especialistas da ONU devem seguir nesta segunda-feira para o local do suposto ataque químico, depois que receberam no domingo a autorização do regime de Damasco.
Os investigadores da ONU seguirão para a região de Ghuta oriental, local do suposto ataque com armas químicas da semana passada.
A missão, composta por uma dezena de inspetores e dirigida pelo sueco Aake Sellstrom, desembarcou em Damasco em 18 de agosto para investigar denúncias de outros supostos ataques.
Regime sírio aceita inspeção da ONU sobre armas químicas:
Mas três dias depois da chegada, o exército sírio executou um ataque ao oeste de Damasco, durante o qual a oposição acusa o regime de ter utilizado armas químicas, e matou mais de 1.000 pessoas, também segundo os opositores a Assad.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou sobre "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" que chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco, dos quais 355 faleceram, apesar da ONG não ter conseguido "confirmar cientificamente a causa dos sintomas nem estabelecer a responsabilidade do ataque".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) contabilizou mais de 300 mortos por gás tóxico, incluindo dezenas de rebeldes
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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