Exposição da Médicos Sem Fronteiras reproduz em São Paulo parte da realidade dos campos de refugiados do mundo; uma das situações mais críticas é a da guerra síria, que já desalojou quase 2 milhões de pessoas
Foto: Vagner Magalhães / Terra
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A CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) começou a entregar armas aos rebeldes oposicionistas na Síria, encerrando meses de atraso da ajuda prometida pela administração Obama, de acordo com fontes americanas e sírias do jornal The Washington Post.
As remessas começaram a chegar ao país árabe nas últimas duas semanas, junto com veículos e outros equipamentos enviados pelo Departamento de Estado – um fluxo de material que marca um aumento do papel americano na guerra civil síria. O armamento se limita a armas leves e munições que podem ser rastreadas.
Os Estados Unidos também estão enviando equipamentos não letais aos rebeldes, o que inclui veículos, sofisticados aparelhos de comunicação e kits médicos de combate avançados. A esperança do governo americano, segundo as fontes do jornal, é aumentar a força e o poderio dos rebeldes.
Apesar de a administração de Barack Obama ter sinalizado há meses que iria aumentar o apoio aos oposicionistas, os esforços foram atrasados por conta de problemas logísticos envolvidos na entrega de material em uma zona de guerra, e também pelo receio de que qualquer ajuda poderia cair em mãos dos jihadistas. O secretário de Estado, John Kerry, prometeu em abril que equipamentos não letais começariam a chegar em uma “questão de semanas”.
Enquanto o Departamento de Estado coordena a ajuda não letal, a CIA supervisiona a entrega de armas e outros materiais para os rebeldes. De acordo com um representante da oposição síria, que não quis se identificar, o armamento “não resolve todas as necessidades, mas é melhor que nada”. A fonte acrescentou que Washington continua relutante em fornecer aos rebeldes o que eles mais desejam: armas antitanque e antiaéreas.
As remessas da CIA devem fluir por meio de um sistema clandestino de bases na Turquia e Jordânia que foram expandidas nos últimos anos, quando a agência procurava ajudar seus aliados no Oriente Médio, como a Arábia Saudita e Catar. A CIA se recusou a comentar o assunto com o jornal.