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Distúrbios no Mundo Árabe

Combates entre o exército sírio e jihadistas deixam 70 mortos

Exército e jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte da Síria entraram em confronto nesta quinta-feira

25 jul 2014 - 09h38
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Setenta pessoas morreram na Síria após conflitos
Setenta pessoas morreram na Síria após conflitos
Foto: Stringer / Reuters

Mais de 70 pessoas, em sua maior parte combatentes, morreram nos confrontos das últimas 24 horas entre o exército e os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte da Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Na véspera, o EI lançou ataques contra as províncias de Raqa (norte), Hasaka (nordeste) e Aleppo (norte), segundo o OSDH, que se baseia em uma rede de fontes civis, médicas e militares.

Este é o primeiro choque desta magnitude entre o EI e o regime. Os dois combatem contra os insurgentes que há três anos tentam derrubar o presidente Bashar al Assad.

Na quinta-feira, os combates também explodiram pela primeira vez entre rebeldes sírios e combatentes da Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda, até agora aliados na guerra contra o regime Assad.

Estes confrontos inéditos tornam mais complexo este conflito entre rebeldes e regime, e agora também entre rebeldes e jihadistas ultrarradicais do Estado Islâmico (EI).

O braço sírio da Al-Qaeda, a Frente Al-Nosra, era o principal aliado dos grupos rebeldes islamitas e moderados que tentam há mais de três anos derrubar o regime de Assad.

"Os confrontos entre Al-Nosra e os rebeldes começaram no início de julho, mas a batalha mais sangrenta ocorreu há uma semana, na região de Khisr al-Shughur, na província de Idleb (noroeste)", indicou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

"Esta batalha deixou dezenas de mortos entre as fileiras da Al-Nosra e da Frente de Revolucionários da Síria (FRS), uma coalizão de insurgentes moderados.

A FRS e a Al-Nosra reconheceram os confrontos em suas páginas do Facebook e trocaram acusações mútuas.

O EI, que no final de junho anunciou a criação de um "califado" islâmico entre Síria e Iraque, controla amplas zonas desses dois países e tenta expandir sua hegemonia.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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