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Distúrbios no Mundo Árabe

EUA lideram novos ataques aéreos contra jihadistas na Síria

Pelo menos 140 jihadistas e 13 civis morreram desde que os bombardeios começaram, nesta terça-feira

26 set 2014 - 08h40
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Jato americano recebe combustível em pleno voo durante bombardeios na Síria contra o EI
Jato americano recebe combustível em pleno voo durante bombardeios na Síria contra o EI
Foto: Shawn Nickel/U.S. Air Force / Reuters

Os Estados Unidos e os aliados árabes lançaram novos ataques aéreos contra posições do autodenominado Estado Islâmico (EI) na Síria, principalmente as instalações petrolíferas sob controle do grupo, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Esta é a segunda vez em dois dias que as instalações na província de Deir Ezzor, no Leste do país, são visadas pela coligação liderada pelos Estados Unidos, segundo a ONG. Outro ataque visou a Hasakeh, no Nordeste, informou o grupo, sediado no Reino Unido.

Na província de Deir Ezzor, pelo menos dois ataques aéreos foram feitos durante a noite, de acordo com Rami Abdel Rahman, diretor do observatório.

Na manhã desta sexta-feira, a organização citou ataques sobre um centro de comando do Estado Islâmico nos arredores da localidade de Al Mayadine, na província de Deir Ezzor, perto da fronteira com o Iraque.

O alvo dos ataques em Hasakeh não foi imediatamente identificado, disse Rami Abdel Rahman. Não houve informações sobre eventuais vítimas.

Desde a última terça-feira, quando começaram os ataques aéreos na Síria, pela coligação dirigida pelos Estados Unidos, pelo menos 140  jihadistas e 13 civis morreram, segundo o OSDH.

Por outro lado, o Observatório acrescentou que desde o início dos ataques aéreos na segunda-feira pelo menos 73 homens se uniram à organização jihadista.

Os novos recrutamentos aconteceram entre os últimos dias 23 e 24 na periferia nordeste de Aleppo, no norte do país.

Desses 73 novos combatentes, pelo menos 41 provinham de outras facções islamitas, como a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, que optaram por mudar de bando.

Além disso, se uniram ao EI 23 homens e jovens sírios, que não tinham pertencido anteriormente a nenhum grupo, e nove estrangeiros - cinco árabes e quatro europeus.

O EI proclamou um califado no Iraque e na Síria no final de junho. No mês seguinte, cerca de 6.300 pessoas aderiram a suas fileiras, de tal modo que julho foi quando mais recrutamentos o EI fez desde que começou a operar na Síria em abril de 2013.

O objetivo dos ataques contra as instalações petrolíferas é atingir uma das principais fontes de receita do Estado Islâmico.

Os jihadistas, que controlam várias refinarias no Iraque e na Síria, revendem o petróleo no mercado negro a intermediários dos países vizinhos, retirando lucros que, segundo especialistas, podem ficar entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões por dia (R$ 2,4 milhões e R$ 7,2 milhões). 

Com informações da EFE e Agência Brasil.

Desvendando o Estado Islâmico Desvendando o Estado Islâmico

Fonte: Terra
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