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Distúrbios no Mundo Árabe

Forças sírias conseguem romper cerco à prisão de Aleppo

Depois de mais de um ano, o Exército conseguiu entrar em região dominada por rebeldes islamitas

22 mai 2014 - 07h53
(atualizado às 07h55)
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Veículos estacionados em frente à prisão de Allepo; quase 850 já foram mortos pelo regime somente em 2014
Veículos estacionados em frente à prisão de Allepo; quase 850 já foram mortos pelo regime somente em 2014
Foto: Reuters

O exército sírio conseguiu romper o cerco imposto pelos rebeldes há mais de um ano na prisão central de Aleppo, região norte da Síria, anunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

"Depois de quase 13 meses de cerco imposto pela Frente Al-Nosra e as brigadas islamitas rebeldes, as forças do exército, apoiadas por combatentes leais ao regime, conseguiram romper o cerco da prisão central de Aleppo", disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Ele explicou que blindados do exército "entraram durante a manhã na área da prisão e foram ouvidos tiros para celebrar a chegada das forças leais ao regime.

"A única via de abastecimento que resta aos combatentes entre Aleppo e a fronteira turca é a conhecida com o nome de estrada de Castello, ao noroeste da cidade", afirmou Abdel Rahman.O avanço do exército sírio na penitenciária, que fica na zona norte de Aleppo, permitiu "cortar uma via de abastecimento essencial para os combatentes rebeldes, entre as áreas que controlam e a fronteira com a Turquia.

Os combates na área da prisão deixaram pelo menos 50 mortos entre os rebeldes desde terça-feira, segundo o OSDH, que também informou sobre mortes entre os soldados do exército e os combatentes pró-regime, mas sem revelar o número.

Os insurgentes que cercavam a prisão desde abril de 2013, uma verdadeira fortaleza construída na década de 1960, afirmavam que desejam libertar os quase 3.500 detentos que estão no local em péssimas condições.

Em fevereiro, os rebeldes conseguiram assumir o controle do complexo gigantesco, mas foram parcialmente expulsos por ataques aéreos.

Vários detentos morreram durante o cerco em consequência da falta de comida, de medicamentos e de higiene.

O presídio tinha quase 4 mil detentos antes do cerco, incluindo islamitas. As péssimas condições humanitárias e os bombardeios provocaram as mortes de quase 600 prisioneiros, segundo o OSDH.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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