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Distúrbios no Mundo Árabe

Líder xiita diz que não existe solução para Síria sem Assad

Segundo o chefe do grupo Hezbollah, a vitória do político as eleições demonstram que a guerra contra esse país fracassou

6 jun 2014 - 15h11
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<p>Hassan Nasrallah pediu aos países que apoiam à rebelião que parem de fazê-lo, pois "não pode haver paz enquanto se continua ajudando os takfiries (extremistas sunitas)"</p>
Hassan Nasrallah pediu aos países que apoiam à rebelião que parem de fazê-lo, pois "não pode haver paz enquanto se continua ajudando os takfiries (extremistas sunitas)"
Foto: Reuters

O chefe do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou nesta sexta-feira que a vitória de Bashar al Assad nas eleições presidenciais da Síria demonstra que a guerra contra esse país fracassou e que não é possível uma solução política sem o líder.

"Os que desejam uma solução política para a crise síria não podem ignorar os resultados das últimas eleições, não se pode conseguir uma solução sem o presidente Bashar al Assad", disse Nasrallah em um discurso.

Assad venceu com 88,7% dos votos a eleição realizada na terça-feira nas zonas sob controle das autoridades.

"Essas eleições demonstraram que o conflito na Síria não é uma luta entre o povo e o regime, já que milhões de sírios votaram em Bashar al Assad, e que a guerra nesse país fracassou", acrescentou Nasrallah.

Por isso, solicitou aos rebeldes que "cessem a guerra, que só produz derramamento de sangue e a destruição do país".

Também pediu aos países que apoiam à rebelião que parem de fazê-lo, pois "não pode haver paz enquanto se continua ajudando os takfiries (extremistas sunitas)".

Nasrallah, cujo grupo combate junto as tropas do regime, criticou o Ocidente por respaldar os insurgentes e declarar que a eleição presidencial na Síria foi uma "farsa".

Em sua opinião, os opositores ao regime de Damasco desejavam que no dia do pleito houvesse "um banho de sangue para assustar os sírios e impedir-lhes de votar".

O opositor exercito Livre Sírio (ELS) anunciou ontem que aumentará os ataques contra as forças do regime após a reeleição de Assad.

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EFE   
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