Oposição denuncia Síria por uso de cloro contra militantes
Militantes da oposição e um médico afirmaram, nesta sexta, que o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, usou cloro para atacar opositores em cidades das províncias de Hama e Idlib (noroeste), nesta quinta-feira.
Essas informações não puderam ser confirmadas por fontes independentes, como o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ONG com base na Grã-Bretanha.
"A cidade de Kafr Zita na província de Hama foi afetada por bombas (lançadas de um helicóptero) que continha cloro", segundo Mohammad Karman, um ativista da União Revolucionária Síria, que falou com a AFP pelo Skype.
"Esse ataque foi lançado contra a cidade em represália por ter autorizado os rebeldes a utilizá-la como base para operações contra o Exército na região da província de Hama", disse o militante.
Os rebeldes na província de Idlib distribuíram um vídeo que mostra doentes sendo tratados em um hospital de campanha. Entre eles, há vários meninos, que estariam com problemas de asfixia.
"Temos certeza de que usaram cloro. Você pode sentir (o cheiro) a quilômetros de distância, e o gás que escapava depois das explosões das bombas era de uma cor branca amarelada", relatou o médico Tajedin al Bakri, que trabalha na região, em conversa com a AFP.
Os Estados Unidos afirmam que essas acusações foram provadas, e esses ataques estariam em contradição com a Convenção sobre Armas Químicas que Damasco se comprometeu a respeitar no âmbito de um acordo sobre a destruição de seu arsenal dessas armas. O compromisso foi obtido pela mediação de Washington e de Moscou.
No mês passado, o organismo de vigilância da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) garantiu que estudará esses ataques e enviou uma equipe para investigar no terreno.
Infográfico mostra a realidade dos refugiados sírios no Oriente Médio |
Guerra na Síria para iniciantes | |
Guerra civil em fotos | Conteúdo exclusivo |