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Distúrbios no Mundo Árabe

Presidente sírio pede maior cooperação em ajuda humanitária

Bashar al-Assad cobrou mais colaboração entre entre ministérios e organizações envolvidas na causa

3 mai 2014 - 20h35
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<p>Segundo a TV estatal s&iacute;ria, Assad cobrou maior coopera&ccedil;&atilde;o entre&nbsp;as organiza&ccedil;&otilde;es locais e internacionais no que diz respeito &agrave; ajuda humanit&aacute;ria</p>
Segundo a TV estatal síria, Assad cobrou maior cooperação entre as organizações locais e internacionais no que diz respeito à ajuda humanitária
Foto: AP

O presidente Bashar al-Assad pediu neste sábado aos ministérios sírios responsáveis pela ajuda humanitária uma "cooperação maior" com as organizações locais e internacionais, segundo a TV estatal.

"Precisamos de uma cooperação maior entre os ministérios e órgãos envolvidos na ajuda humanitária, que a ajuda seja enviada imediatamente, e que se trabalhe com as partes interessadas nos campos local e internacional", declarou o presidente.

Em 23 de abril, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia estimado que o acesso à ajuda humanitária na Síria não havia melhorado, apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada dois meses antes.

"A situação em matéria de segurança está se deteriorando, e o acesso da ajuda humanitária aos mais necessitados não melhorou. Continua sendo um ambiente muito exigente para se trabalhar", assinalou Ban em um relatório ao Conselho.

A chefe de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, havia afirmado na última quarta-feira, no Conselho de Segurança, que a ajuda humanitária entregue à Síria chega a a apenas 12% das pessoas que vivem em "áreas de difícil acesso".

A ONU estima que 3,5 milhões de pessoas se encontrem em áreas de difícil acesso na Síria, e que 250 mil estariam sitiadas, a maioria pelo Exército, mas também pela oposição armada.

Uma publicação do governo pediu, também neste sábado, a demissão de Valerie, classificando de "falsas e hipócritas" suas declarações sobre a situação na Síria.

Fugindo da guerra

Cerca de 60 mil pessoas fugiram de cidades na província de Deir Ezzor, leste da Síria, por causa de sangrentos combates entre facções jihadistas rivais, anunciou neste sábado o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

<p>A ONU acredita que mais de&nbsp;3&nbsp;milh&otilde;es de pessoas vivem em &aacute;reas de dif&iacute;cil acesso na S&iacute;ria</p>
A ONU acredita que mais de 3 milhões de pessoas vivem em áreas de difícil acesso na Síria
Foto: AP

Os confrontos entre a Frente Al-Nusra, braço da rede Al-Qaeda na Síria, e os dissidentes do Estado Islâmico no Iraque e o Levante (EIIL) aumentaram nos últimos quatro dias, apesar das ordens do chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri.

"Os habitantes das localidades de Bussayra (35 mil pessoas), Abriha (12 mil) e al-Zir (15 mil) tiveram que deixar suas casas por conta dos combates nesses setores", indicou o OSDH.

Segundo a ONG, com sede na Grã-Bretanha e que dispõe de uma ampla rede de militantes e médicos no local, os combatentes da Al-Nusra incendiaram várias casas em Bussayra, enquanto o EIIL fez o mesmo em Abriha.

Uma guerra civil opõe os dois grupos jihadistas, comprometidos contra o regime na Síria, causando milhares de mortes desde janeiro.

Em uma gravação sonora divulgada ontem, Ayman al-Zawahiri ordena à Al-Nusra que interrompa imediatamente o combate ao EIIL, e que se dedique "ao combate aos inimigos do islã, neste caso, os membros do partido Baath (no poder), e aos xiitas e seus aliados".

O chefe da Al-Qaeda declarou a Al-Nusra braço oficial da rede na Síria, desmentindo o EIIL, que queria se impor como representante da rede extremista no Iraque e na Síria.

Entenda os conflitos na Síria Entenda os conflitos na Síria: Confrontos começaram em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados

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