Rússia considera legítima vitória de Assad; oposição critica
Bashar al-Assad foi reeleito, com 88,7% dos votos, para mais um mandato de sete anos
A Rússia considera que os sírios optaram pelo futuro, ao reeleger o presidente Bashar al-Assad, e afirmou que as eleições realizadas no país são legítimas.
"Não se pode ignorar a opinião de milhões de sírios, que foram às urnas, apesar da ameaça terrorista, e escolherem a opção de um futuro para o país", declarou o porta-voz da chancelaria, Alexandre Lukashevich.
"Não há motivo para duvidar da legitimidade desta eleição", acrescentou o porta-voz.
Lukashevich disse ainda que a Rússia vai cooperar com o futuro governo sírio e afirmou que o gabinete deveria contar com membros da oposição moderada.
Oposição considera reeleição "ilegítima"
A principal coalizão de oposição na Síria chamou de "ilegítima" a eleição do presidente Bashar al-Assad e afirmou que a revolta popular continuará contra o regime.
Assad foi declarado vencedor das presidenciais celebradas em áreas controladas pelo regime com 88,7% dos votos.
"A coalizão nacional síria afirma que a eleição é ilegítima e não representa o povo sírio. O povo continuará com a revolução até que sejam cumpridos os objetivos a favor da liberdade, da justiça e da democracia", afirma em um comunicado.
Assad foi reeleito para um mandato de sete anos com 88,7% dos votos, segundo anunciou nesta quarta-feira o presidente do parlamento, em uma eleição classificada de "farsa" pela oposição e pelos países ocidentais.
Os outros dois candidatos, Hassan al Nuri e Maher al Hajar, dois desconhecidos, obtiveram, respectivamente, 4,3% e 3,2% dos votos.
Esta vitória, anunciada antes do previsto pelo presidente do Parlamento, Mohamad al Laham, certamente estimulará Assad a intensificar seu combate contra a rebelião, após três anos de guerra civil.
Entenda os conflitos na Síria: Confrontos começaram em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados