Síria: rebeldes anunciam que não atacarão seções eleitorais
Quatro grupos rebeldes anunciaram que não vão fazer ataques contra os centros de votação na Síria, onde acontecem eleições presidenciais nesta terça-feira, para evitar o derramamento de sangue de civis.
No Twitter, a Frente Islâmica - principal aliança de oposição armada -, o Exército dos Mujahedins, a Legião do Levante e a União Islâmica dos Soldados do Levante anunciaram que pouparão as seções eleitorais. "Anunciamos que os centros de votação não serão alvo de nenhuma operação militar", disseram essas organizações, que exigiram de seus combatentes o respeito a tal ordem.
A nota acusa o regime sírio de ter se utilizado de todos os meios possíveis para obrigar os cidadãos a comparecerem hoje às urnas neste pleito, que chamou de "farsa" e "ilegítimo".
A votação se desenvolve nas áreas controladas pelas autoridades em todas as províncias, menos em Al Raqqah, no norte do país, que está sob domínio do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
O presidente Bashar al Assad, no poder desde 2000, é candidato a um terceiro mandato de sete anos. Seus concorrentes são o deputado da oposição tolerada, Maher Abdel Hafez Hayar, e o ex-ministro Hassan Abdullah al Nouri.
A Síria se arrasta para seu quarto ano de conflito civil. A guerra já casou mais de 162 mil mortes, segundo a organização Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Entenda os conflitos na Síria: Confrontos começaram em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados