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Documentos detalham esforço da equipe de Trump para comprar silêncio de atriz pornô

18 jul 2019 - 15h01
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Documentos liberados nesta quinta-feira por ordem de um juiz detalharam comunicações intensas entre Donald Trump, sua equipe de campanha, o então advogado pessoal dele, Michael Cohen, e outros para comprar o silêncio de uma atriz pornô que disse ter tido um encontro sexual com o presidente dos Estados Unidos.

Atriz de filme pornô Stormy Daniels em Berlim
11/10/2018
REUTERS/Fabrizio Bensch
Atriz de filme pornô Stormy Daniels em Berlim 11/10/2018 REUTERS/Fabrizio Bensch
Foto: Reuters

Na quarta-feira, o juiz William Pauley, de Manhattan, ordenou que o material, usado por procuradores para obter um mandado de busca para a casa e o escritório de Cohen em 2018, fosse divulgado na manhã desta quinta-feira. Ele não viu razão para manter os documentos em segredo depois que os procuradores lhe disseram que a investigação sobre os pagamentos havia terminado.

Em agosto de 2018, Cohen, de 52 anos, se declarou culpado de violar a lei de financiamento de campanha destinando pagamentos de 130 mil dólares à estrela pornô Stormy Daniels e 150 mil à modelo da Playboy Karen McDougal para evitar um escândalo pouco antes da eleição presidencial de 2016. As duas disseram ter tido encontros sexuais com Trump mais de uma década atrás e que o dinheiro tinha como fim comprar seu silêncio.

Trump negou os encontros, e em 2018 disse aos repórteres que não sabia nada sobre o pagamento a Stormy.

Os documentos revelam telefonemas e mensagens de texto frequentes envolvendo Cohen, funcionários de Trump e a American Media Inc (AMI), a editora do tablóide National Enquirer, para tentar impedir que o relato da atriz sobre seu relacionamento com Trump prejudicasse suas chances eleitorais.

Trump participou de alguns telefonemas, como mostram os documentos. Uma mensagem de texto de Cohen aparentemente descreveu Trump como "irritado".

A solicitação do mandado de busca descreveu um telefonema de 8 de outubro de 2016, cerca de um mês antes da eleição, entre Trump, Cohen e Hope Hicks, então porta-voz da campanha presidencial, que procuradores acreditam ter tido por meta debater os pagamentos para abafar relatos públicos sobre um caso entre Trump e Stormy.

Alguns minutos após o telefonema, Cohen ligou para David Pecker, presidente da AMI próximo de Trump, e depois recebeu uma ligação de outro funcionário da mesma empresa. Pouco tempo depois, Cohen falou com Hope por telefone durante cerca de dois minutos. As ligações entre a campanha Trump, a AMI e Cohen continuaram noite adentro.

Procuradores disseram que os telefonemas ocorreram para debater um pagamento para Keith Davidson, então advogado de Stormy.

A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário. A AMI e um advogado de Hope não responderam de imediato a pedidos de comentário

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