Domo de Ferro: como funciona o sistema de defesa de ataque aéreos de Israel
Sistema antimísseis faz parte da defesa de Israel a ataques com drones iranianos, lançados contra o país neste sábado
Um ataque de mais de 300 drones e mísseis balísticos foi disparado pelo Irã contra Israel na noite de sábado, 13. O sistema de defesa israelense conseguiu interceptar a maioria deles, já que desde o ataque ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, --que matou sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana--, foi prometida uma retaliação.
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Foram utilizados drones-kamikaze não tripulados e mísseis para promover a investida, e o Domo de Ferro (Iron Dome) foi visto em ação. Essa arma também foi usada contra ataques de foguetes, drones e mísseis durante a guerra contra o Hamas.
O Domo de Ferro foi criado pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, para que o país se protegesse de inimigos da região. A sua primeira interceptação ocorreu em abril de 2011, quando derrubou um foguete Grad disparado de Gaza contra a cidade israelita de Ashkelon. Desde então, interceptou milhares de outros ataques aéreos.
Como funciona
O maquinário tem um radar que detecta projéteis e aeronaves que apresentam alguma ameaça à população, em cerca de 4 a 70 quilômetros de distância, prevendo a sua trajetória e ponto de impacto. Nele, há dois sistemas, conhecidos como a Flecha e a Funda de David, desenhados para ataques de médio e longo alcance.
Um centro de controle processa essas informações e se conecta a um lançador que dispara os interceptadores de unidades móveis ou estáticas, e explodem os foguetes no ar. O nível de eficácia do sistema é de 90%, segundo o governo de Israel.
As baterias são móveis e, em meados de 2021, Israel tinha dez delas implantadas em todo o país, de acordo com a empreiteira militar Raytheon Technologies. Cada bateria possui de três a quatro lançadores com o objetivo de defender uma área povoada de 155 quilômetros quadrados (60 milhas quadradas), segundo a empresa.
Cada uma das baterias tem de três a quatro lançadores com o objetivo de defender uma área povoada de 155 quilômetros quadrados (60 milhas quadradas). O sistema foi projetado para funcionar de forma eficaz em todos os tipos de clima. O custo de cada míssil interceptador é de cerca de US$ 40 mil a US$ 50 mil (mais de R$ 200 mil), e de cada bateria, US$ 50 milhões.