Trump retirará sigilo de arquivos do assassinato de Kennedy
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que vai retirar o sigilo dos arquivos sobre o assassinato do ex-presidente democrata John F. Kennedy, baleado durante uma visita a Dallas, no estado do Texas, no dia 22 de novembro de 1963. As informações são da Agência EFE.
"Sujeito ao recebimento de informações adicionais, permitirei, como presidente, que sejam abertos os arquivos classificados e há muito tempo bloqueados de JFK", disse Trump pelo Twitter, durante sua habitual série de mensagens matutinas na rede social.
O Arquivo Nacional tem até quinta-feira (26) para decidir quais dos 3,1 mil documentos sigilosos sobre o assassinato de Kennedy podem ser publicados e quais devem ser mantidos em segredo.
Trump é quem tem a autoridade final para decidir sobre a publicação dos arquivos ou mantê-los guardados por mais 25 anos.
Uma porta-voz da Casa Branca disse ontem (20) ao site Politico que os assessores de Trump estão trabalhando para "garantir a publicação da maior quantidade possível desses arquivos na quinta-feira".
Mas reconheceu que o governo está preocupado com o fato de que alguns registros desses arquivos não foram criados até a década de 1990 e que eles devem ser revisados para que a publicação dos arquivos não causem um "dano identificável" à segurança nacional.
Um funcionário do Congresso que acompanhou de perto o processo afirmou ao Politico que a Agência Central de Inteligência (CIA) pressionou Trump para impedir a publicação de alguns documentos, possivelmente para esconder os métodos de atuação do órgão ou a identidade de alguns espiões que possam ainda estar vivos.
"Suponho que o presidente possa mudar de ideia no último momento, mas, a não ser o que o faça, não haverá uma publicação absoluta dessas informações. Veremos muitos arquivos na semana que vem, mas não todos, infelizmente", disse a fonte, que pediu anonimato.
Quem questiona a versão oficial sobre o assassinato de Kennedy espera impacientemente a decisão de Trump, com a esperança de que os novos documentos possam esclarecer o maior mistério da história recente dos EUA.
Segundo o Politico, é possível que documentos da década de 1990 sejam publicados com censuras, de modo a evitar expor operações de inteligência relativamente recentes.
A maior parte dos 3,1 mil documentos sigilosos foi feito pela CIA, pelo FBI e pelo Departamento de Justiça. Uma lei de 1992 determina que eles sejam publicados totalmente na quinta-feira, a não ser que Trump determine o contrário.