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Draghi fala em construção de novo modelo econômico no G20

Encontro de líderes mundiais teve foto com médicos e enfermeiras

30 out 2021 - 08h44
(atualizado às 08h59)
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Na primeira sessão formal da cúpula do G20 neste sábado (30), o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, discursou sobre economia e sobre a pandemia de Covid-19 e disse que os líderes estão "construindo um novo modelo econômico para o mundo ser melhor".

G20 discutiu economia e saúde em seu primeiro painel
G20 discutiu economia e saúde em seu primeiro painel
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Na "Nuvola" de Roma, Draghi ressaltou durante o "Global Economy and Global Health" que, para isso, o "multilateralismo" é fundamental.

"O multilateralismo é a melhor resposta para os problemas que vemos hoje. Em muitos sentidos, é a única resposta possível, na pandemia, no clima e nas taxas. Não é uma opção. Devemos superar as nossas diferenças e reencontrar o espírito desse consenso", ressaltou criticando ainda as divisões provocadas no mundo pelo "protecionismo e o nacionalismo".

Entrando especificamente no tema da Covid-19, o chefe de governo da Itália ressaltou a importância da vacina contra a doença, mas voltou a criticar a má distribuição dos imunizantes entre os países ricos e pobres.

"Há cerca de dois anos do início da pandemia, podemos finalmente olhar o futuro com mais otimismo. Campanhas vacinais de sucesso e ações coordenadas por parte dos governos e dos bancos centrais permitiram a retomada da economia global. Muitos dos nossos países lançaram planos de retomada para dar impulso ao crescimento, reduzir as desigualdades, promover a sustentabilidade", pontuou.

"Mas, precisamos estar atentos aos desafios que enfrentamos coletivamente. A pandemia não acabou e há disparidades assustadoras na distribuição global das vacinas. Nos países de alta renda, mais de 70% das populações receberam ao menos uma dose. Nos países mais pobres, esse percentual cai para cerca de 3%. São diferenças moralmente inaceitáveis e que minam a retomada global", alertou aos líderes.

Draghi reforçou o compromisso de atingir que cerca de 40% da população global tenha começado a se imunizar ainda em 2021 e que "70% da população esteja imunizada até a metade de 2022".

Esses percentuais estarão descritos formalmente na declaração final da cúpula, conforme antecipado pelo ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza.

Para dar esse impulso na vacinação, o líder italiano ressaltou que é preciso "continuar a investir em pesquisa, eliminar as barreiras comerciais que atingem as vacinas da Covid-19 e melhorar a previsibilidade nas entregas dos imunizantes".

Tradicional foto 

Após os chefes de Estado e de Governo tirarem a tradicional foto dos líderes antes da abertura dos trabalhos, foi tirada uma segunda fotografia, dessa vez, com médicos e enfermeiros que atuaram na linha de frente do combate à Covid-19.

Os profissionais atuam pela ONG Cruz Vermelha e foram recebidos no salão sob aplausos dos líderes. .

Ansa - Brasil
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