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É possível que co-piloto do avião da Germanwings tivesse descolamento de retina, diz jornal

29 mar 2015 - 10h36
(atualizado às 10h36)
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O co-piloto, principal suspeito de ser o responsável pela queda de um avião nos Alpes, podia estar sofrendo com um descolamento de retina, mas os investigadores não têm certeza se seus problemas de visão tinham causas físicas ou psicológicas, relatou um jornal alemão no domingo.

O jornal Bild am Sonntag também relatou que o comandante do Airbus da Germanwings gritou: "abra a maldita porta!" para o co-piloto, enquanto tentava entrar de volta no cockpit, que estava trancado, antes do avião cair na terça-feira, matando as 150 pessoas que estavam no avião.

Outro jornal alemão, o Welt am Sonntag, citou um investigador sênior como tendo dito que o co-piloto, de 27 anos, Andreas Lubitz, "era tratado por vários neurologistas e psiquiatras", acrescentando que diversos medicamentos foram encontrados no seu apartamento, na cidade alemã de Dusseldorf.

A polícia também descobriu anotações pessoais que mostravam que Lubitz sofria de "graves sintomas de estresse excessivo", acrescentou o jornal.

A Lufthansa, empresa controladora da companhia aérea de baixo custo, não tinha conhecimento que Lubitz estivesse sofrendo de qualquer doença psicossomática ou física. "Não temos nenhuma informação sobre isso", disse um porta-voz da Lufthansa.

Um porta-voz da promotoria de Dusseldorf se recusou a comentar no domingo sobre os vários relatos da imprensa, acrescentando que não haveria nenhum anúncio oficial antes de segunda-feira.

O jornal de grande circulação Bild am Sonntag informou que os investigadores encontraram provas de que Lubitz temia perder a visão, aparentemente, devido a um descolamento de retina.

Entretanto, não ficou claro se isso foi devido a um problema orgânico, ou à uma doença psicossomática, quando problemas físicos são causados ou agravados por fatores psicológicos, como o estresse, por exemplo.

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