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Ebola é ameaça à segurança mundial, diz resolução da ONU

Mais de 2,6 mil pessoas já morreram na África Ocidental por causa do vírus; número de pessoas infectadas dobra a cada três semanas

18 set 2014 - 18h44
(atualizado às 21h48)
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<p>Membros do Conselho de Seguran&ccedil;a da ONU participam de uma confer&ecirc;ncia sobre o surto do ebola, no escrit&oacute;rio da ONU em Nova York, em 18 de setembro</p>
Membros do Conselho de Segurança da ONU participam de uma conferência sobre o surto do ebola, no escritório da ONU em Nova York, em 18 de setembro
Foto: Shannon Stapleton / Reuters

O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira por unanimidade uma resolução declarando o ebola uma ameaça à paz e a segurança internacionais.

A resolução pede que todos os países do mundo forneçam assistência urgente aos países afetados pela epidemia, todos no oeste da África.

Ela também pede que todas as restrições impostas às viagens a esses países sejam levantadas, alegando que tais restrições estão prejudicando os esforços para combater a doença.

Até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2,6 mil pessoas já morreram por causa do vírus. Os países mais atingidos pela epidemia foram Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal.

'Inédito'

O Conselho de Segurança da ONU se encontrou em uma reunião convocada de última hora para discutir a questão.

Nela, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que a epidemia do ebola precisa da "atenção mundial de todos" e de uma ação conjunta "inédita".

Segundo a ONU, o número de pessoas infectadas com o ebola dobra a cada três semanas.

Somente nos últimos sete dias, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), foram registrados mais 700 novos casos no oeste da África.

Em Serra Leoa, haverá uma paralisação nacional de todos os serviços por três dias em uma tentativa de conter a disseminação do vírus do ebola. As autoridades orientaram as pessoas a ficarem em casas de meia-noite de hoje até o dia 21 de Setembro.

O governo disse que são necessárias medidas extremas para conter o surto. Voluntários estão indo de porta em porta para fazer o teste do vírus nas pessoas e para levar os infectados aos centros de tratamento.

Já para a ONG Médicos Sem Fronteiras, uma medida como essa – de ‘parar’ a cidade e proibir as pessoas de saírem – é uma ação abusiva que pode levar à ocultação de mais casos do ebola.

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