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Egito vai ajudar cerca de 7 mil estrangeiros a sair da Faixa de Gaza

País se prepara para coordenar saída por meio da passagem fronteiriça de Rafah, que liga a Faixa de Gaza

2 nov 2023 - 07h39
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Palestinos com dupla cidadania esperam permissão para deixar Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, na fronteira Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, 2 de novembro de 2023
Palestinos com dupla cidadania esperam permissão para deixar Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, na fronteira Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, 2 de novembro de 2023
Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

O Egito anunciou, nesta quinta-feira, 2, que ajudará estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade a saírem da Faixa de Gaza. A medida foi anunciada em um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio. "São cerca de 7 mil" representando "mais de 60? nacionalidades", destacou o vice-ministro, Ismail Khairat.

Durante uma reunião com diplomatas estrangeiros, Khairat destacou os esforços do Egito para facilitar a recepção e evacuação desses cidadãos. Ele afirmou que o país está se preparando para coordenar a saída por meio da passagem fronteiriça de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito.

Na quarta-feira, dia 1, 76 palestinos feridos a bordo de ambulâncias e 335 estrangeiros em ônibus deixaram a Faixa de Gaza com destino ao Egito através do terminal alfandegário de Rafah. Entre os estrangeiros evacuados estavam 32 austríacos, quatro italianos, cinco franceses e um número desconhecido de alemães.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, informou que vários americanos estavam entre os evacuados, mas não especificou o número. Foi a primeira evacuação em 27 dias de guerra desde o início da ofensiva de Israel, que bombardeou o maior campo de refugiados do território palestino pelo segundo dia consecutivo.

Os ataques de Israel contra no campo de Jabaliya, no norte da Faixa, deixou dezenas de mortos. "Registramos 195 mortes, 120 desaparecidos sob os escombros e 777 feridos", disse o serviço de imprensa do Hamas em comunicado.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar 'horrorizado' com o bombardeamento do local densamente povoado, onde vivem 116 mil refugiados. Mais de 8.700 pessoas, incluindo 3.648 crianças, foram mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o enclave.

Em Israel, mais de 1.400 pessoas foram mortas no ataque do Hamas em 7 de Outubro. Entre os mortos estão mais de 300 soldados ou membros das forças de segurança. /AFP.

Estadão
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