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Eleições na França repetem duelo entre Macron e Le Pen

Pleito também é forma de verificar ações de presidente na guerra

8 abr 2022 - 13h40
(atualizado às 14h04)
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A França vai às urnas neste domingo (10) para o primeiro turno das eleições presidenciais em um cenário semelhante ao que foi vivido em 2017: o candidato conservador e atual presidente Emmanuel Macron (República em Marcha) contra a representante da extrema-direita Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional).

Na última pesquisa publicada nesta sexta-feira (8) pelo Elabe, sob encomenda da "BFM-TV", aponta um empate técnico entre os dois: Macron teria 26% das intenções de voto contra 24% de Le Pen. No início da semana, a diferença entre os dois era maior, com o presidente tendo na faixa dos 29% contra os mesmos 24 da candidata.

A previsão para um provável segundo turno - que seria realizado no dia 24 de maio - mostra também uma aproximação: Macron com 51% e Le Pen com 49%. Para ter a disputa final, é preciso que nenhum dos candidatos tenha mais de 50% no primeiro turno.

O terceiro colocado para a disputa, segundo diversas pesquisas, é o candidato da extrema-esquerda, pelo partido França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, com cerca de 17% das intenções de voto.

Já outro candidato dos extremos políticos, Éric Zemmour, do Reconquista, perdeu completamente o fôlego na corrida presidencial e aparece com apenas 9% das intenções. No fim do ano passado, ele chegou a rivalizar em percentual com Le Pen, mas a campanha marcada por diversos ataques xenofóbicos e racistas parece ter afastado possíveis eleitores.

Além disso, a polarização entre Macron e Le Pen começou a ficar bastante clara desde o início da guerra na Ucrânia. O presidente francês é um dos principais interlocutores internacionais para um cessar-fogo no conflito e, de certa maneira, as eleições acabarão sendo uma análise dos franceses sobre esse assunto.

Até por isso, o presidente vem usando a sua candidatura para ser alguém que vai lutar contra o extremismo.

Em entrevista ao "Le Parisien", o mandatário afirmou que Le Pen e seu partido "dependem financeiramente de Vladimir Putin", além de sua adversária ser "condescendente com a Rússia". Também afirmou que o programa de governo dela "é brutal e racista" e está "cheio de mentiras" no plano social.

Por sua vez, Le Pen afirmou que Macron está "agressivo e nervoso" com os resultados das pesquisas eleitorais. .

Ansa - Brasil
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