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Em aniversário do chavismo, Venezuela tem mais protestos

Apoiadores de Guaidó tentam aumentar a pressão sobre Maduro

2 fev 2019 - 13h49
(atualizado às 15h36)
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Os opositores venezuelanos, liderados pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó, preparam para este sábado (2) uma nova onda de manifestações pelo país contra o governo de Nicolás Maduro. O intuito é pressionar Maduro para que ele deixe o poder, aproveitando a data simbólica de 2 de fevereiro, quando se comemora o aniversário de 20 anos do chavismo.

Os protestos devem começar por volta das 10h de Caracas (12h de Brasília). Em resposta, apoiadores e partidários de Maduro também pretendem sair às ruas e há chances de novos confrontos. Os opositores vão se reunir na frente da sede diplomática da União Europeia em Caracas para "enviar uma mensagem" de agradecimento pelo reconhecimento de Guaidó como presidente. Países como França, Holanda, Alemanha, Suécia, Reino Unido e Portugal apoiam Guaidó e pedem novas eleições. Já a Itália - que barrou ontem (1) na UE uma resolução pró-Guaidó - está dividida: O antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), maior partido do governo, criticou o apoio internacional a Guaidó, enquanto a Liga Norte torce pela saída de Maduro do poder.

Venezuela relembra hoje 20 anos de chavismo
Venezuela relembra hoje 20 anos de chavismo
Foto: ANSA / Ansa

Enquanto isso, a Itália se abstém de tomar posição em relação à Venezuela, sem reconhecer Guaidó nem Maduro. A posição tem sido contestada e uma manifestação está agendada para hoje, no centro de Roma, para exigir que o governo apoie Guaidó.

Aos 35 anos, Guaidó, um deputado opositor presidente da Assembleia Nacional, proclamou-se presidente no dia 23 de janeiro, em meio a protestos populares contra Maduro. Neste momento, a Venezuela conta com "dois presidentes": Guaidó, reconhecido por alguns países do exterior, e Maduro, que se sustenta com o apoio das Forças Armadas, além da Rússia e da China, que acusam a comunidade internacional de tentar dar um golpe na Venezuela. Neste sábado, porém, o general da Aeronáutica Francisco Esteban Yanez Rodiguez publicou um vídeo nas redes sociais anunciando que não segue mais a autoridade de Maduro.

"Com os acontecimentos das últimas horas, está claro que a transição para a democracia é iminente: continuar a fazer parte as Forças Armadas na repressão significa condenar o povo a continuar morrendo de fome, de doença e- Deus não permita - de combates entre nós mesmos", disse o oficial. A Venezuela sofre uma das piores crises da sua história, com escassez de alimentos e remédios, além de uma inflação que pode chegar a 10.000.000% neste ano, de acordo com o FMI. Há pressão para que Maduro, que venceu eleições as eleições de maneira contestada, renuncie. Nas últimas semanas, a Venezuela registrou 40 mortos e mais e 800 prisões, em meios aos protestos contra o governo.

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