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Em Cingapura, papa Francisco pede salário justo para trabalhadores imigrantes

12 set 2024 - 09h09
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O papa Francisco pediu nesta quinta-feira aos líderes políticos de Cingapura, um importante centro financeiro global, que busquem salários justos para os mais de um milhão de trabalhadores estrangeiros com salários mais baixos no país.

No provável último grande discurso de uma ambiciosa turnê de 12 dias pelo Sudeste Asiático e Oceania, o pontífice de 87 anos expressou preocupação com o rápido envelhecimento da população de Cingapura e sua força de trabalho imigrante, centrada nos setores de construção e serviços domésticos.

"Espero que seja dada atenção especial aos pobres e idosos... bem como à proteção da dignidade dos trabalhadores imigrantes", disse o papa em um discurso para cerca de 1.000 políticos e líderes civis e religiosos.

"Esses trabalhadores contribuem muito para a sociedade e devem ter a garantia de um salário justo", declarou ele.

Havia 1,1 milhão de estrangeiros com permissão de trabalho em Cingapura que ganhavam menos de 2.300 dólares por mês em dezembro de 2023, incluindo 286.300 trabalhadores domésticos e 441.100 trabalhadores nos setores de construção e estaleiros, segundo dados do governo.

Muitos dos trabalhadores imigrantes vêm de países vizinhos, como Malásia, China, Bangladesh e Índia. Muitos também vêm das Filipinas, um país majoritariamente católico.

Uma ONG de Cingapura que presta serviços para trabalhadores imigrantes, a Humanitarian Organisation for Migration Economics, saudou as falas do papa, dizendo que estava "de pleno acordo" com seu apelo por salários justos.

O ministério da força de trabalho de Cingapura não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A preocupação com os imigrantes tem sido um tema comum para Francisco. No início de sua viagem, ele pediu aos líderes de Papua Nova Guiné que trabalhem por salários justos, já que o país está se tornando um dos principais alvos de empresas internacionais por suas reservas de gás, ouro e outras.

O discurso de Francisco foi feito após reuniões privadas com o presidente Tharman Shanmugaratnam e o primeiro-ministro Lawrence Wong no prédio do Parlamento do país, onde o papa foi presenteado com uma planta de orquídea branca, um novo híbrido que foi batizado em sua homenagem.

Francisco elogiou os esforços de Cingapura para enfrentar a mudança climática, chamando-os de modelo para outros países.

O governo de Cingapura afirma que o aumento do nível do mar devido ao aquecimento global pode ter implicações importantes para o seu litoral de baixa altitude e planeja gastar 77 bilhões de dólares ao longo do século com a questão.

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