Em evento com ucranianos, Papa pede fim de conflitos no país
Pontífice se reuniu com a comunidade greco-católica ucraniana
Em um encontro com a comunidade greco-católica ucraniana, na basílica de Santa Sofia, em Roma, o papa Francisco pediu o fim do conflito armado no país da Europa Oriental, que se arrasta há mais de quatro anos.
"Compreendo que, enquanto vocês estão aqui, o coração bate forte pelo seu país e não apenas por afeto, mas também por angústia e, sobretudo, de dor por conta da guerra e das dificuldades econômicas. Estou aqui para lhes dizer que estou perto de vocês. Perto dos vossos corações, próximo com as orações, próximo quando celebro a Eucaristia. Eu suplico ao Príncipe da Paz para que eles baixem as armas", disse no início da reunião.
Segundo Francisco, suas orações são para que os ucranianos não precisem mais "fazer inúmeros sacrifícios para proteger os seus entes queridos", mas que tenham "a coragem, de andar para frente".
Ao fim do encontro, Jorge Mario Bergoglio ainda revelou que, todos os dias, começa seu dia com pensamentos no país já que, quando ainda estava em Buenos Aires, ele recebeu uma medalha da Nossa Senhora da Ternura das mãos do arcebispo maior da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, monsenhor Svjatoslav Shevchuk.
"Eu, em Buenos Aires, coloquei a medalha no meu quarto e, tanto à noite como de manhã, eu a saudava com uma oração. Depois, precisei vir para a viagem a Roma [onde foi ordenado Papa] e não pude voltar. Então, pedi que me trouxessem três livros do meu diário, as coisas essenciais e a medalha. E sempre antes de ir para a cama, dou um beijo na Nossa Senhora que o seu arcebispo me deu, e também de manhã a saúdo. Então, posso dizer que começo e termino o dia em ucraniano", disse sob aplausos dos presentes.
A Igreja Greco-Católica da Ucrânia, apesar de se considerar ortodoxa, professa a fé católica e obedece ao Papa. Desde 1595, ela está em plena comunhão com Roma.